Metabolismo sob controle: o passo decisivo contra riscos ao coração e à circulação

Tempo de leitura: 4 min


Condição ligada ao estilo de vida moderno eleva o risco para o coração, mas mudanças sustentáveis podem transformar o futuro da saúde

Freepik
A ideia de reprogramação metabólica vem ganhando espaço na medicina justamente por propor uma mudança de foco

A síndrome metabólica é considerada por muitos especialistas a “doença da civilização moderna”. Trata-se de um conjunto de alterações que inclui obesidade abdominal, pressão alta, resistência à insulina e níveis elevados de colesterol e triglicérides. Quando associadas, essas condições multiplicam o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, principal causa de morte no Brasil e no mundo. Estima-se que cerca de 25% da população adulta mundial apresente a síndrome.  No Brasil, os índices crescem de forma preocupante, acompanhando o avanço da obesidade e do sedentarismo.

Os impactos vão além do coração. A síndrome metabólica também é um dos grandes gatilhos para complicações vasculares, como insuficiência venosa crônica, trombose e aterosclerose, que prejudicam a circulação e podem levar a consequências graves, como infartos, derrames e amputações. O que preocupa os especialistas é que muitos pacientes passam anos com alterações silenciosas, sem buscar ajuda médica, até que surjam complicações.

Reprogramar o metabolismo: uma estratégia de prevenção

A ideia de reprogramação metabólica vem ganhando espaço na medicina justamente por propor uma mudança de foco. Em vez de tratar apenas os sintomas – como prescrever remédios para pressão alta ou diabetes -, o objetivo é atuar na raiz do problema, equilibrando o metabolismo, a composição corporal e o
estilo de vida. Isso inclui ajustes nutricionais individualizados, prática regular de atividade física, controle do estresse e melhora da qualidade do sono. Pequenas mudanças consistentes, mantidas a longo prazo, podem reduzir de forma significativa o risco de complicações vasculares.

Estudos mostram que perder apenas 5% a 10% do peso corporal já melhora a sensibilidade à insulina e reduz os níveis de colesterol e triglicérides. O exercício regular, especialmente o treino de força combinado ao aeróbico, não só ajuda na perda de peso como melhora a circulação e freia a progressão de doenças
vasculares. A alimentação deve priorizar alimentos in natura, ricos em fibras, vitaminas e minerais, e reduzir o consumo de ultraprocessados, açúcares refinados e gorduras saturadas.

Equilíbrio para uma vida mais longa e saudável

A reprogramação metabólica não é uma solução rápida, e sim uma estratégia de saúde de longo prazo. Isso significa construir hábitos que se encaixem na rotina do paciente e possam ser mantidos ao longo da vida. Também envolve acompanhamento multidisciplinar, com médicos, nutricionistas e educadores físicos
trabalhando juntos para orientar mudanças de forma personalizada. Em alguns casos, medicamentos podem ser necessários, mas sempre aliados às transformações no estilo de vida.

cta_logo_jp

Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

O recado é claro: embora a síndrome metabólica seja consequência do estilo de vida moderno, ela não precisa ser vista como inevitável. Com diagnóstico precoce e estratégias de reprogramação metabólica, é possível reduzir de forma expressiva o risco de doenças cardiovasculares e vasculares, preservando não
apenas a saúde, mas também a qualidade de vida. O futuro da medicina passa por um olhar integrado: tratar a pessoa como um todo e construir bases sólidas para uma vida mais equilibrada.

Dra. Andréa Klepacz – CRM/SP 128.575 | RQE 51419
Cirurgiã vascular
Membro da Brazil Health





Com informações da fonte
https://jovempan.com.br/saude/metabolismo-sob-controle-o-passo-decisivo-contra-riscos-ao-coracao-e-a-circulacao.html

Compartilhe este artigo
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *