Pai chegou a deitar sobre o corpo de Rayane Cardoso Lopes para proteger menina de tirosArquivo Pessoal
O julgamento foi presidido pelo juiz Cariel Patriota, que destacou a crueldade dos criminosos na execução das vítimas. No ataque, foram mortos a menina Rayane Cardoso Lopes, de 10 anos, Antonio Marcos Barcellos Pereira Júnior, Ian Lucas Soares Gomes, Josué de Oliveira Xavier e Yuri Lima Vieira. Também ficaram feridos o pai da criança, Naum Henrique Lopes, Alan da Silva Nogueira, Amanda Cristina de Oliveira Godinho, Higor Saraiva de Oliveira Gonçalves, Lucas Travanca de Araújo, Yago Breno Gomes e Rodrigo de Souza.
“O crime foi executado de forma que o pai da vítima, Naum, foi forçado a presenciar a execução de sua própria filha, de apenas 10 anos de idade. A dimensão trágica do fato é potencializada pela circunstância de que Naum, em um ato instintivo e desesperado para protegê-la, deitou-se sobre o corpo da criança e, nessa condição, também foi alvejado pelos disparos”, apontou o juiz.
“A empreitada criminosa aconteceu em meio a um evento comunitário, transformando um espaço de convivência social em um cenário de barbárie. A execução pública das vítimas fatais e as lesões nas vítimas sobreviventes expuseram todos os presentes a uma cena de extremo horror e medo, violando a paz e a segurança da coletividade. O ato forçou conhecidos, amigos e familiares, como no caso de Naum ao presenciar a morte de sua filha, a testemunharem a aniquilação violenta de seus entes queridos, tornando a comunidade inteira uma vítima indireta do terror infligido. Tal fato não apenas ceifou vidas, mas causou um trauma coletivo na localidade”, declarou o magistrado.
Na setença, o juiz estabeleceu 155 anos e três meses de prisão para Rhuam e 229 anos e três meses de reclusão para Carlos Henrique. Já Jonathan morreu no decorrer do processo. Além dos homicídios, os dois criminosos também foram condenados por corrupção do menor que participou do ataque. No somatório das penas aplicadas a cada crime, os réus foram condenados a 384 anos e seis meses de prisão. RH era primário e Kayke tinha nove anotações.
2025-08-22 13:37:00