No mês dedicado à conscientização sobre a doação de órgãos e tecidos, o Governo do Estado do Rio de Janeiro celebra um marco histórico: o Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), em Niterói, registrou um aumento expressivo de 85,7% nas captações realizadas entre janeiro e agosto de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
De 41 para 76 vidas transformadas
A unidade, referência na rede estadual de saúde, realizou 76 captações de órgãos e tecidos nos primeiros oito meses deste ano, frente às 41 registradas em 2024. O número de famílias que autorizaram a doação também cresceu significativamente: de 30 para 55. O avanço é resultado direto da atuação estratégica da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), que intensificou o trabalho de sensibilização e acolhimento às famílias em momentos de dor profunda.
Abordagem humanizada e mobilização estadual
“O Governo do Estado tem investido na capacitação das equipes e na estrutura hospitalar para garantir que cada abordagem seja feita com respeito, empatia e profissionalismo. A CIHDOTT atua como ponte entre o luto e a esperança, transformando despedidas em recomeços”, destaca Alexander Moraes, coordenador da comissão no Heal.
Em 2025, os órgãos captados incluíram rins, fígado, ossos e córneas, ampliando o alcance dos transplantes e beneficiando dezenas de pacientes em lista de espera. Em 2024, também foram captados coração e pele, totalizando 41 procedimentos.
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Um gesto que salva até oito vidas
Setembro é o mês de conscientização sobre a doação de órgãos, com destaque para o dia 27, quando se celebra o Dia Mundial da Doação de Órgãos. A campanha estadual reforça que um único doador pode salvar até oito vidas — um ato de amor que transcende a dor e eterniza a memória de quem partiu.
O salto nas captações reflete o compromisso do Governo do Estado com políticas públicas que valorizam a vida, fortalecem a rede de saúde e promovem a solidariedade. “Cada sim à doação é uma vitória coletiva. É a prova de que, mesmo diante da perda, é possível oferecer esperança”, conclui Moraes.