Um homem foi enforcado em público, na província de Golestão, no Irã, após ser considerado culpado pelos crimes de roubo e assassinato. Em imagens compartilhadas nas redes sociais, Sajad Molaei Hakani aparece preso a um guindaste enquanto uma multidão — composta por adultos e crianças que vivem na região — aplaudem sua execução.
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O episódio ocorre dez meses depois de Molaei Hakani ter sido acusado de matar uma mulher e seus três filhos em um assalto. De acordo com o tabloide britânico The Sun, o homem foi condenado a qisas, que significa uma “retaliação equivalente” na lei islâmica. Além dele, sua mulher também deverá ser executada posteriormente, na prisão.
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, tem utilizado enforcamentos em praça pública como uma forma de “aviso” para aqueles que vão contra as normas estabelecidas no país. Os episódios ocorrem, principalmente, em momentos de crise, a fim de abafar qualquer tentativa de rebelião.
Foto distribuída pelo gabinete do líder supremo iraniano Ali Khamenei mostra-o falando durante a cerimônia de oração de sexta-feira em Teerã em 4 de outubro de 2024
KHAMENEI.IR/AFP
No mês de julho, a agência estatal Fars News — porta-voz da Guarda Revolucionária — publicou um apelo público para repetir o massacre de 1988, quando cerca de 30 mil presos políticos foram mortos no país. Segundo o The sun, o pedido aumentou o temor de que o aiatolá Khamenei possa fazer algo semelhante, ainda este ano, para proteger seu regime.
O Conselho Nacional de Resistência do Irã (CNRI) defende que a comunidade internacional se una para impedir que as tentativas de abafar opositores que concretizem no Irã.
— A falha da comunidade internacional em responsabilizar o regime por suas atrocidades, incluindo crimes contra a humanidade e genocídio, permitiu que ele desfrutasse de impunidade. Já passou da hora de responsabilizar Ali Khamenei, o Líder Supremo, e outros, por esses crimes — afirmou o representante do CNRI no Reino Unido, Dowlat Nowrouzi, ao The Sun.
De acordo com integrantes do CNRI, somente em junho, as medidas do Irã levou 176 prisioneiros à execução. Tortura psicológica, ameaças às famílias e julgamentos simulados são constantemente usados pelo regime para condenar os críticos à morte com acusações forjadas, afirma ainda o jornal britânico.
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Homem é enforcado em público após ser considerado culpado por assassinato no Irã
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