Apontada pela polícia como responsável por dar cobertura ao bando que invadiu a casa de parentes do senador Flávio Bolsonaro, em Resende, no Sul Fluminense, Eliane da Silva, a Lili, foi presa em flagrante ao lado de dois cúmplices. A ação da Polícia Civil ocorreu em 29 de agosto último, após cinco dias de investigação da 89ª DP (Resende). Grávida, Lili, segundo a Polícia Civil, tentou enganar os agentes se deitando na cama e fingindo passar mal, enquanto escondia sob o corpo o revólver usado no crime.
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Os três presos são acusados de participar do assalto à residência onde estavam Rogéria Nantes Braga Bolsonaro, de 65 anos — primeira esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mãe de Carlos, Flávio e Eduardo Bolsonaro —, além dos avós do senador. O crime ocorreu em 24 de agosto, quando as vítimas foram rendidas, ameaçadas com armas e mantidas reféns por cerca de duas horas. Da casa, os criminosos levaram joias, celulares e o carro da família, que foi abandonado em seguida em uma área rural.
As investigações identificaram a participação de dois veículos, um Fiat Palio branco e um Gol prata, usados na fuga com placas clonadas. Após rastrear câmeras e obter apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a 89ª DP chegou a uma casa na Rua Santa Ifigênia, no bairro Paraíso, onde estavam Lili e os cúmplices Marcelo Corrêa Tobias e Vitor Hugo Henrique da Silva.
No imóvel foram apreendidos um revólver cromado com numeração raspada, munições de diversos calibres — incluindo de fuzil .50 —, balaclavas, roupas camufladas, celulares, drogas, balança de precisão e sacolés. Na garagem estavam dois automóveis, um Fiat Palio Weekend branco, usado na ação, e um Ford Fiesta prata.
As vítimas reconheceram os objetos roubados, além de identificarem Vitor Hugo como um dos homens que entrou armado na residência. A polícia atribui a Lili o papel de dar cobertura ao grupo, inclusive por possível vínculo familiar com um dos assaltantes.
Diante das provas, a polícia fez a prisão em flagrante de Eliane, Marcelo e Vitor pelos crimes de associação criminosa, roubo circunstanciado, tráfico e associação para o tráfico de drogas, além de posse de arma de fogo com numeração raspada. O delegado responsável pediu a conversão da prisão em preventiva, alegando que a liberdade dos acusados representaria risco concreto à ordem pública e à continuidade das investigações.
2025-09-01 10:02:00