Há exatamente um ano, as patinetes elétricas compartilhadas voltaram a fazer parte da paisagem carioca. O serviço, que já esteve presente no dia a dia dos moradores, retornou em 2024 com a promessa de não apenas ficar, mas também virar uma febre atraindo mais e mais usuários — e, até agora, tem cumprido essa missão.
Desde então, a operação é conduzida pela empresa Whoosh, que disponibiliza 1.500 veículos espalhados por bairros da Zona Sul e do Centro do Rio, como Botafogo, Catete, Copacabana, Flamengo, Gávea, Glória, Ipanema, Jardim Botânico, Lagoa, Leblon, Leme, Humaitá, Centro e a região do Porto Maravilha. De acordo com a empresa, mais de 500 mil usuários já se cadastraram na capital, somando cerca de 5 milhões de quilômetros rodados.
“Nesse 1 ano de operação passamos por grandes eventos na cidade, como Carnaval, Reveillon, Show da Lady Gaga e muitos outros, e conseguimos de forma cooperada com as autoridades locais, acrescentar à capital um novo modal urbano, sustentável, de forma ordenada e que hoje faz parte da rotina diária da população”, afirmou o diretor de operações da Whoosh, José Ricardo Souza.
As patinetes têm velocidade máxima de 20 km/h e seguem todas as normas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O custo médio é de R$ 0,70 por minuto durante a semana — com tarifas mais altas aos fins de semana.
Para Adriano Silva, que trabalha na organização dos pontos de estacionamento das patinetes, o principal benefício é a agilidade.
“A gente chega mais rápido, sem trânsito. O aplicativo mostra no mapa onde pode estacionar e como começar e encerrar uma corrida”, explica ele.
O advogado Rodrigo Fernandes, usuário frequente do serviço, também aprova:
“Desde que as patinetes voltaram, uso todos os dias para ir ao trabalho. Chego de barca e pego uma até o escritório. É muito melhor, rápido e não chego suado”, brinca.
Como funciona
Todo o serviço é operado por meio do aplicativo da Whoosh, disponível para iOS e Android. Por lá, é possível localizar veículos disponíveis, reservar, checar o nível de bateria e os preços atualizados das corridas.
As patinetes não podem circular ou ser deixadas em qualquer lugar. Se o veículo entrar numa área proibida, um alarme sonoro é emitido e ele é automaticamente desligado.
Cada viagem já inclui seguro ativado — sem taxas extras ou necessidade de cadastro adicional. Os veículos também contam com sensores que detectam quedas e monitoram a velocidade conforme a área em que circulam.
O uso é restrito a maiores de 18 anos e não é permitido levar mais de uma pessoa por patinete.
Moda das patinetes pré-pandemia
As patinetes elétricas compartilhadas, operadas por diferentes plataformas, eram muito populares até 2020, quando houve a pandemia da covid-19. No entanto, a emergência sanitária somada a problemas financeiros e a registros de acidentes colocaram fim no serviço, naquela ocasião.