Falso taxista é preso por aplicar golpe da maquininha e usar placas para despistar polícia

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Um homem foi preso em flagrante nesta quarta-feira (17), em Botafogo, na Zona Sul do Rio, acusado de enganar passageiros com o chamado golpe da maquininha. Para evitar ser identificado, ele utilizava placas de automóveis presas com velcro, que eram trocadas constantemente.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito, identificado como o paulista Gabriel dos Santos Ferreira, circulava em um carro caracterizado como táxi, mas sem autorização oficial. Durante o pagamento das corridas, oferecia uma maquininha propositalmente defeituosa e, ao substituí-la, também trocava o cartão do passageiro por outro parecido — aproveitando a ausência do nome do titular em muitos plásticos.

Com os cartões originais em mãos, o criminoso realizava compras pela internet, inclusive de valores elevados. Em um dos extratos bancários analisados, havia uma tentativa de transação de R$ 20 mil.

Compras frustradas e placas adulteradas

As investigações apontam que o golpista tentou efetuar operações de R$ 3.500, R$ 10 mil e R$ 14 mil, todas recusadas pelas instituições financeiras. Uma das vítimas percebeu a fraude a tempo, procurou a 15ª DP (Gávea) e acionou a polícia, que passou a monitorar o veículo.

De acordo com os agentes, o carro era constantemente disfarçado com diferentes placas presas por velcro, dificultando a identificação. O rastreamento foi possível graças ao sistema de câmeras da Civitas, da Prefeitura do Rio.

Na abordagem, os policiais encontraram oito placas distintas, três maquininhas e mais de 50 cartões de crédito em nome de terceiros.

Apelo às vítimas

A delegada Daniela Terra, titular da 15ª DP, reforçou a importância de outras vítimas denunciarem o golpe.

“Ele oferecia uma maquininha com defeito e, no momento da troca, substituía também o cartão do cliente. Usava placas diferentes para confundir a investigação. Pedimos que as pessoas que tenham caído no golpe procurem a delegacia e façam o reconhecimento formal”, declarou.

Ainda segundo a delegada, Gabriel viajava ao Rio exclusivamente para praticar os crimes. Em depoimento, ele confessou a prática e revelou que tinha como alvo preferencial a Zona Sul da cidade.

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Rodrigo Da Matta é formado em Jornalismo, Radialismo e Marketing, com especialização em Comunicação Governamental e Marketing Político pelo IDP. Atualmente, é graduando em Publicidade e Propaganda, Ciências Políticas e Gestão Pública.
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