Com informações do O Globo. O israelense Rom Braslavski, de 21 anos, que passou quase dois anos em cativeiro na Faixa de Gaza, quebrou o silêncio e fez um relato brutal: foi violentado sexualmente por terroristas da Jihad Islâmica Palestina. Segundo ele, o objetivo era claro — “me humilhar, destruir minha dignidade”.
Rom foi sequestrado no ataque covarde de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu Israel, matou 1.200 pessoas e levou 251 reféns — muitos deles civis, mulheres e crianças. Ele estava trabalhando como segurança no festival de música Nova, uma das primeiras cenas do massacre.
Em entrevista ao Canal 13 de Israel, o jovem detalhou os choques, espancamentos com cabos de metal, privação de comida e água, isolamento, violência psicológica — e depois, os abusos sexuais. “Eles me despiram completamente, amarraram meu corpo. Eu rezava a Deus para sair vivo”, contou. É o primeiro homem a relatar publicamente estupros sofridos no cativeiro em Gaza.
Braslavski afirma que a tortura se intensificou depois que ele se recusou a se converter ao islamismo. Foi nesse período que seus algozes, segundo ele, “receberam ordem para torturar”. Em agosto, quando a Jihad Islâmica divulgou um vídeo em que ele aparecia chorando, já em estado crítico, os abusos chegaram ao auge.
O presidente israelense, Isaac Herzog, classificou o depoimento como “um ato de coragem extraordinária” e alertou: “O mundo precisa entender a dimensão dos crimes cometidos pelos terroristas em Gaza”.
Grupos extremistas, como de praxe, negam. Um porta-voz da Jihad Islâmica disse à Reuters que as alegações eram “incorretas”, sem apresentar provas. O Hamas também rejeitou relatórios da ONU que apontam estupros e tortura sexual contra reféns israelenses como “infundados”.
Enquanto isso, pelo menos quatro mulheres libertadas já relataram casos semelhantes, reforçando que a violência sexual virou arma de guerra para os grupos terroristas palestinos.
A ONU, mesmo tardia, confirmou em março que há “informações convincentes” de abusos cometidos contra reféns em Gaza. Ainda assim, tenta equilibrar a narrativa e lançou um segundo relatório acusando Israel de “assédio sexual e violência de gênero contra palestinos”. Tel Aviv rebateu as acusações como falsas e infundadas.
A esquerda internacional, que costuma se calar nesses momentos, segue em silêncio sepulcral. Afinal, quando as vítimas são israelenses e os algozes são terroristas islâmicos, muitos preferem desviar o olhar.
