Forças militares dos Estados Unidos realizaram um ataque contra uma suposta lancha de narcotraficantes em águas do Pacífico, com um balanço de dois mortos. O anúncio foi publicado nesta quarta-feira pelo chefe do Pentágono, Pete Hegseth, no X. Este ataque seria pelo menos o oitavo do tipo, com um número de mortos agora de pelo menos 34.
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“Havia dois narcoterroristas a bordo da embarcação durante o ataque, que foi realizado em águas internacionais. Ambos os terroristas foram mortos e nenhuma força americana ficou ferida neste ataque,” que ocorreu na terça-feira, disse Hegseth.
A mensagem de Hegseth é acompanhada por um vídeo colorido mostrando um barco em alta velocidade em alto mar até ser completamente destruído.
EUA atacam embarcação no Pacífico e matam dois supostos narcotraficantes
Este é o primeiro ataque desse tipo no Oceano Pacífico desde que Washington iniciou, em 2 de setembro, sua campanha de ataques aéreos sem precedentes na região. Todos os ataques anteriores foram conduzidos em águas caribenhas, com a Venezuela no centro das acusações americanas de narcotráfico.
A escalada de tensão dos EUA com países latinos ganhou nova frente quando o presidente dos EUA, Donald Trump, chamou o presidente colombiano, Gustavo Petro, de “líder do narcotráfico”, como já havia feito com o líder da Venezuela, Nicolás Maduro. Nos últimos dias, Trump também ameaçou suspender o apoio econômico à Colômbia e impor tarifas às exportações colombianas devido à alta produção de drogas no país.
O governo Trump, que fez do combate ao crime organizado um de seus principais objetivos, afirma que pode realizar esses ataques porque declarou os cartéis de drogas como organizações “terroristas” em decretos presidenciais emitidos meses atrás.
Os Estados Unidos estão, portanto, declarando-se em “conflito armado” com um inimigo que não tem Estado nem território definido.
“Assim como a Al-Qaeda travou guerra contra nossa pátria, esses cartéis estão travando guerra contra nossa fronteira e nosso povo. Não haverá refúgio ou perdão, apenas justiça”, escreveu Hegseth.
Críticos, incluindo governos regionais como Venezuela e Colômbia, acreditam que Washington não fornece evidências de que esses barcos estejam transportando drogas. Além disso, essas embarcações não representam perigo para as forças navais americanas destacadas no Caribe.
