Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelam que o estado do Rio de Janeiro concentra o maior número de policiais militares mortos fora de serviço no país. Só no ano passado, 41 PMs foram mortos durante a folga ou fora do horário de trabalho. São casos de policiais que reagiram a assaltos, foram assassinados, sofreram latrocínio ou lesão corporal seguida de morte. Os PMs mortos no Rio nessas circunstâncias representam 36,28% do total registrado no Brasil. Apesar disso, o número é menor do que o de 2023, quando 45 policiais foram assassinados.
Em 2024, 113 policiais militares foram mortos em confronto ou por lesão não natural fora do serviço, considerando somente as unidades da federação que enviaram dados para o relatório. Depois do Rio, o estado com mais mortes foi São Paulo, com 13 PMs assassinados fora do trabalho.
Policiais Militares mortos em confronto ou por lesão não natural fora de serviço
Estado | Nº de agentes mortos |
Alagoas | 2 |
Amazonas | 1 |
Bahia | 9 |
Ceará | 10 |
Espírito Santo | 1 |
Goiás | 2 |
Maranhão | 4 |
Mato Grosso | 1 |
Minas Gerais | 2 |
Pará | 11 |
Paraná | 1 |
Pernambuco | 6 |
Piauí | 4 |
Rio de Janeiro | 41 |
Rio Grande do Norte | 1 |
São Paulo | 13 |
Tocantins | 4 |
O relatório não apresenta dados sobre a morte de PMs fora de serviço nos estados do Acre, Amapá, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.
Ao observar o número de policiais civis mortos fora de serviço, o cenário é diferente: foram apenas dois agentes ao longo de 2024. Os dados não consideram acidentes de trânsito nem suicídios.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública também traz informações sobre os agentes mortos em serviço: em 2024, 11 PMs e um policial civil foram mortos em confronto durante o trabalho.
Neste ano, 19 PMs foram mortos fora de serviço no Estado do Rio. Na semana passada, Tulio de Siqueira Maia, do 24º BPM (Queimados), morreu na Vila Valqueire, Zona Oeste do Rio. Ele estava de folga e foi baleado saindo de uma lanchonete, acompanhado da esposa. Pessoas que estavam no local o levaram para o Hospital Estadual Carlos Chagas, na Zona Norte, mas ele não resistiu aos ferimentos. A principal linha de investigação é a de que tenha sido vítima de uma tentativa de assalto.