Enfermeira envolvida em procedimento estético que terminou em morte se entrega à polícia | Rio de Janeiro

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Sabrina Rabetin Serri se entregou na Decon nesta quarta (15) - Reprodução




Sabrina Rabetin Serri se entregou na Decon nesta quarta (15)Reprodução

Rio – A enfermeira Sabrina Rabetin Serri, de 39 anos, acusada de envolvimento no procedimento estético que matou Marilha Menezes Antunes, 28, se entregou na sede da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), na tarde desta quarta-feira (15). Contra ela, foi cumprido um mandado de prisão preventiva por homicídio qualificado e exercício ilegal da medicina, expedido pela 1ª Vara Criminal da Capital.

De acordo com investigações da Decon, Sabrina – que chegou a comparecer à especializada em 1º de outubro para prestar depoimento e acabou liberada – aplicou anestésico na paciente, o que não é permitido na função dela.

“Gostaria de solicitar às mulheres que, quando forem buscar esse tipo de cirurgia, procurem referências do médico e do local. E saibam onde as cirurgias são realizadas. E evitem serviços muito baratos, porque pode sair caro. Situações adversas acontecem, como foi no caso da Marilha”, alertou o delegado Wellington Vieira, titular da Decon.

Entenda o caso

Em 8 de setembro, a técnica de Segurança do Trabalho Marilha Menezes Antunes passou por uma hidrolipoenxertia no glúteo, no Centro Médico Amacor Saúde, em Campo Grande, na Zona Oeste, após juntar dinheiro para dar o procedimento a si mesma como presente de aniversário. A vítima, no entanto, sofreu uma parada cardiorrespiratória e socorristas não conseguiram reanimá-la. A Polícia Civil aponta que houve erro médico.

Aos socorristas, o médico José Emílio de Brito, responsável pelo procedimento, disse que a ação de tentativa de socorro foi muito rápida e a vítima entubada. Entretanto, familiares afirmam que a jovem não recebeu assistência e houve demora para acionar ajuda. Segundo uma irmã, Brito omitiu ter perfurado um órgão da vítima, afirmando apenas que ela havia sofrido uma broncoaspiração e parada cardíaca.
O laudo da necropsia concluiu que a técnica morreu por choque hipovolêmico, hemorragia interna e ação perfuro contundente. No último dia 10, duas gerentes do centro médico foram presas em flagrante e medicamentos vencidos encontrados no centro cirúrgico, na farmácia e no carrinho de parada cardíaca, que estava no local em que a jovem morreu. Em outras salas, também havia remédios sem a devida identificação de validade e origem. O estabelecimento acabou interditado.
José Emílio também foi preso em casa, na Tijuca, Zona Norte, no dia 15 de setembro. Ele vai responder pelos crimes de homicídio e falsidade ideológica. Além da Polícia Civil, a morte da técnica é investigada ainda pelo Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), que realizou uma fiscalização na clínica. Uma sindicância foi aberta para apurar os fatos e o procedimento corre em sigilo. Parentes destacam que Marilha era saudável e havia completado 28 anos em 1º de setembro. Ela deixou um filho de 6 anos.



Com informações da fonte
https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2025/10/7146325-enfermeira-envolvida-em-procedimento-estetico-que-terminou-em-morte-se-entrega-a-policia.html

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