Se existe um tema capaz de esquentar a conversa, criar burburinho e obviamente, dividir opiniões até hoje, é ele: O Ponto G. Em inglês, G-spot ou Grafenberg spot, esse misterioso território do prazer continua sendo um dos assuntos mais discutidos e polêmicos do corpo humano.
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Uns dizem que encontraram. Outros juram que é lenda. Enquanto os cientistas publicam estudos e discordam entre si, nós, simples mortais curiosos, seguimos em busca do caminho mais fácil até lá.
E, spoiler: ele existe sim, mas não é bem um ponto, talvez por isso continue tão misterioso.
Mais uma região do que um ponto
Na prática, o Ponto G é uma região de altíssima sensibilidade, capaz de provocar orgasmos intensos e às vezes até prolongados, o que alguns chamam de hiperorgasmos.
O mais interessante? Ele não é o único.
O canal vaginal tem outras áreas igualmente sensíveis, que podem ser descobertas e “acordadas” com o tempo, conforme o corpo se torna mais forte e consciente.
É por isso que mulheres que praticam ginástica íntima ou pompoarismo costumam identificar o Ponto G com mais facilidade, porque aprendem a sentir e dominar cada músculo da região.
Um relato real (e poético)
Uma das minhas alunas descreveu assim o primeiro orgasmo que sentiu ao tocar o próprio Ponto G:
“Foi como se eu saltasse de um prédio muito alto e estivesse caindo lentamente, mas sem medo, só flutuando. Antes, o orgasmo era uma explosão rápida, quase como perder o fôlego. Mas com o toque no ponto G, tudo se expandiu… as ondas de prazer vieram e foram, suavemente, como se durassem meia hora.”
E, sinceramente? Essa sensação se repete em vários relatos.
É como se, ao descobrir o próprio corpo, algo se religasse por dentro. Uma mistura de autoconhecimento e encantamento.
Como começar a busca
Antes de tudo, respire. Não é uma corrida, é uma exploração.
E, sim, todas as mulheres podem encontrar o próprio Ponto G. Só precisam de paciência, curiosidade e carinho consigo mesmas e para ser bem honesta, o homem carinhoso e atento até pode chegar lá. Mas é sempre mais fácil quando a mulher o descobre e assim, pode com segurança, passar o caminho das pedras para ele.
1) Localização básica
O Ponto G fica na parede anterior da vagina, logo atrás do clitóris interno (que, por sinal, é bem maior do que parece, ele se estende internamente como um “pênis invertido”).
Introduza um dedo e curve levemente para frente, em direção ao umbigo.
Você sentirá uma região mais rugosa e firme, como se fosse uma pequena “almofadinha”. Quando tocada da maneira certa, ela incha levemente e fica mais sensível.
2) O relógio imaginário
Imagine um relógio na altura da pélvis: o seu dedo deve ir em direção ao número 12.
Para respeitar as variações de cada corpo, explore entre 11:45 e 12:15.
Se sentir vontade de urinar, calma, é apenas a bexiga sendo pressionada. Desça o dedo um pouquinho e continue.
3) Use vibração a seu favor
Se ainda estiver difícil de localizar, use um pequeno vibrador. Os modelos com ponta curvada são ideais para o Ponto G. Veja aqui: (https://amzn.to/3Jt7Hid)
A vibração estimula e facilita a percepção da região, como se dissesse ao corpo: “Ei, estou aqui!”
4) O parceiro encontrará mais fácil, se você mostrar o caminho
Por experiência, o homem normalmente encontra o Ponto G por acaso ou depois de muito tempo.
Já a mulher, por sentir as reações internas, pode guiar o toque e ajustar o corpo para facilitar o contato.
Almofadas, ângulos e posições fazem toda a diferença. A posição por trás, por exemplo, costuma favorecer o toque exato nessa região. Precisa aprender novas posições? Temos um livro que ajudará, aqui:
E o Ponto G masculino?
Sim, eles também têm o seu! Nos homens, o Ponto G está localizado entre o saco escrotal e o ânus, mais especificamente na próstata. Mas em alguns relatos, ele é citado como Ponto P (de próstata).
O toque nessa área gera prazer intenso e até ajuda no controle da ejaculação precoce.
Falo mais sobre isso no meu livro A Conquista do Prazer Masculino, () mas já adianto: o autoconhecimento vale para todos os gêneros e o prazer também.
Uma dica extra e natural: o chá da libido
Quer potencializar ainda mais a sensibilidade e o fluxo sanguíneo da região?
Experimente o chá de Pau Tenente com gengibre e canela.
Pau tenente, aliás, conhecido também por Pau amargo, Quassia ou Quina, tem como alguns dos princípios ativos alcaloides, terpenoides e cumarinas, com propriedades digestivas, antioxidantes, anti-inflamatórias e antibacterianas além do aumento da energia e melhora na libido é uma erva tradicionalmente afrodisíaca, que melhora a circulação e estimula a energia sexual; o gengibre aquece e ativa o corpo; e a canela intensifica o fluxo sanguíneo.
Receita:
Ferva 300 ml de água com um pedacinho de gengibre e um pau de canela por 5 minutos.
Apague o fogo e acrescente 1 colher de chá de pau tenente (são pedacinhos da casca da árvore).
Deixe em infusão por 10 minutos, coe e beba antes do momento íntimo.
O efeito é sutil, mas poderoso: aquece o corpo, relaxa a mente e desperta o prazer. E claro, esse chá serve para os dois!
Prazer é conhecimento e conhecimento é poder!
O prazer de um casal é diretamente proporcional ao autoconhecimento e à comunicação.
Não existe um “manual” único, porque cada corpo tem um mapa próprio, e ele muda com o tempo, com o humor, com a fase da vida.
Mas existe uma certeza: o prazer cresce junto com o respeito, a curiosidade e o cuidado.
Encontrar o Ponto G é muito mais do que uma aventura anatômica.
É um convite para se reconectar com o próprio corpo, com o próprio desejo e, principalmente, com o direito de sentir.
E quando isso acontece, o prazer deixa de ser um mistério e se torna uma celebração.
Vídeo Sugerido:
Com informações da fonte
https://extra.globo.com/blogs/sexo-e-afins/post/2025/11/em-busca-do-ponto-g-o-mito-a-descoberta-e-o-prazer-de-se-conhecer.ghtml
Em busca do Ponto G: o mito, a descoberta e o prazer de se conhecer
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