DNA de ‘suspeito confesso’ não é achado em corpos nem facas, e polícia pede mais tempo para investigar

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Três mulheres foram encontradas mortas em praia de Ilhéus — Foto: Reprodução


O DNA de Thierry Lima da Silva, de 23 anos, preso por suspeita de matar três mulheres em Ilhéus, na Bahia, não foi identificado nos corpos das vítimas nem nas facas apontadas como possível arma do crime. O homem confessou ter tirado a vida de Alexsandra Oliveira Suzart, de 45 anos; Maria Helena do Nascimento Bastos, de 41; e Mariana Bastos da Silva, de 20, achadas numa área de matagal há um mês, mas exames periciais ainda não comprovam nem descartam a participação dele.

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As autoridades pediram ao Judiciário, nesta terça-feira, a prorrogação do prazo para concluir o inquérito. O objetivo é “reunir novos elementos e realizar desdobramentos investigativos”, com novas diligências e laudos complementares.

As apurações contam com agentes dos Departamentos de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e de Inteligência Policial (DIP). Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), estratégias foram traçadas numa reunião com o delegado-geral André Viana e gestores de departamento, na segunda. O Laboratório de Inteligência Cibernética (Ciberlab) também faz análises sobre o caso. Imagens mostraram as mulheres caminhando pela Praia dos Milionários antes de serem mortas. No entanto, pontos cegos nos registros desafiam a elucidação do triplo homicídio.

O homem suspeito de matar as mulheres confessou ter cometido outro homicídio, do próprio companheiro. Thierry Lima da Silva, de 23 anos, foi preso em flagrante por tráfico de drogas e teve um mandado de prisão preventiva cumprido pelo crime contra Lucas dos Santos Nascimento.

Ele continua sendo investigado pelo assassinato de Maria Helena, Mariana e Alexsandra. Segundo a SSP-BA, porém, um dos laudos periciais não obteve dados suficientes para excluir ou confirmar a participação do suspeito.

“O material coletado para a análise científica não corroborou de forma decisiva para o aprofundamento dos exames necessários. Contudo, outros elementos, além da confissão do investigado, são analisados paralelamente a exames periciais que se encontram em curso. Outros desdobramentos do caso seguem em sigilo, para não comprometer as apurações”, diz a nota.

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Os corpos das professoras e de Mariana, filha de Maria Helena, foram encontrados numa área de matagal no último dia 16 de agosto, horas depois de elas serem vistas, pela última vez com vida, num passeio pela Praia dos Milionários. O cachorro que as acompanhava no passeio foi achado vivo, amarrado a uma árvore.

As autoridades locais disseram que Thierry é usuário de drogas e vive na rua. “Ele já estava sendo investigado pela Polícia Civil por ser considerado suspeito do triplo homicídio, pois se enquadrava no perfil indicado desde o início: andarilho, viciado em entorpecentes e suspeito de roubo, furto e tráfico”, disse a Polícia Civil, em nota, na ocasião da prisão.

Em depoimento, o homem relatou à polícia que golpeou as vítimas durante uma tentativa de roubo.

No entanto, “apesar de fornecer detalhes da ação”, o suspeito entrou em contradição em alguns pontos do interrogatório”, disse a polícia na época da prisão. Quatro suspeitos foram interrogados, ao todo, e passaram por exames.

Thierry já tinha na ficha criminal registros de crimes de dano, ameaça, furto, vias de fato, lesão corporal e violência doméstica, praticados desde a adolescência.



Com informações da fonte
https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/09/17/assassinatos-em-ilheus-dna-de-suspeito-confesso-nao-e-achado-em-corpos-nem-facas-e-policia-pede-mais-tempo-para-investigar.ghtml

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