Disque Denúncia recebe 148 ligações sobre Comando Vermelho após megaoperação | Rio de Janeiro

Tempo de leitura: 4 min
Doca é ligado a execuções de crianças e a sumiço de moradores - Divulgação / Disque Denúncia




Doca é ligado a execuções de crianças e a sumiço de moradoresDivulgação / Disque Denúncia

Rio – O Disque Denúncia recebeu mais de 100 ligações sobre o Comando Vermelho, durante a megaoperação que deixou 64 mortos e 81 presos nos Complexos da Penha e Alemão, Zona Norte. As informações chegaram após o portal aumentar a recompensa para quem auxiliar a localizar um dos líderes da facção, Edgard Alves Andrade, o Doca da Penha ou Urso. A ação desta terça-feira (28) foi a mais letal do Rio. 
De acordo com um levantamento do Disque Denúncia, até às 9h desta quarta-feira (29), 148 denúncias sobre o Comando Vermelho no Complexo do Alemão foram realizadas. A recompensa por informações que ajudem a polícia a prender Doca da Penha, de 55 anos, subiu para R$ 100 mil, uma das maiores da história, junto com o pagamento pela captura de Fernandinho Beira Mar, nos anos 2000. 

Considerado de altíssima periculosidade, o traficante é investigado por mais de 100 homicídios e é um dos mais procurados do Rio. Doca é apontado como um dos chefes do CV, alvo de uma megaoperação que ocorreu ontem. Contra ele, há mais de 20 mandados de prisão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), segundo dados do site do Conselho Nacional de Justiça. 

Evadido do sistema carcerário, o bandido é envolvido em execuções de crianças e desaparecimentos de moradores e também apontado como o mandante da execução de três médicos e da tentativa de homicídio de uma quarta pessoa, na Barra da Tijuca, na Zona Sudoeste, em outubro de 2023. As vítimas participavam de um congresso de medicina e foram confundidas com milicianos de Rio das Pedras, na mesma região. 

O Disque Denúncia recebe informações pela Central de Atendimento, nos telefones 2253-1177 e 0300-253-1177, no WhatsApp Anonimizado (21) 2253-1177 e pelo aplicativo Disque Denúncia RJ. O anonimato é garantido.

Operação mais letal da história do Rio

Na megaoperação desta terça-feira nos Complexos do Alemão e da Penha, dois policiais civis e dois militares morreram baleados, outros oito agentes e mais quatro pessoas ficaram feridas durante os confrontos. A ação ainda deixou mais 60 suspeitos mortos, 81 presos e 93 fuzis e drogas apreendidos. A ação já é considerada a mais letal da história do estado. O número de óbitos é o dobro do registrado na ação do Jacarezinho há quatro anos, quando houve 28 mortes. 
Na tarde de ontem, o clima de insegurança generalizada forçou a antecipação da rotina de milhares de cariocas e fez com que os transportes ficassem lotados. Na ocasião, o horário de pico foi antecipado em quatro horas. Além disso, estabelecimentos e instituições públicas encerraram as atividades antes do previsto. Segundo o Rio Ônibus, foram registrados 96 ônibus utilizados como barricadas e 204 linhas impactadas pelos desdobramentos da megaoperação. Ao menos nove vias, entre elas as Linhas Vermelha e Amarela, Avenida Brasil e Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, foram fechadas por conta da violência. 

Na madrugada desta quarta-feira (29), moradores encontraram pelo menos 50 corpos no Complexo da Penha, e cerca de 37 foram levados à Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, uma das principais da região, enquanto outros 13 permanecem na área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, onde ocorreram os principais confrontos entre as forças de segurança e traficantes. 

 



Com informações da fonte
https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2025/10/7153856-disque-denuncia-recebe-ligacoes-sobre-comando-vermelho-apos-megaoperacao.html

Compartilhe este artigo
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *