Disputas na quadra e no tatame marcam o fim de semana no Intercolegial

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O fim de semana será de muito corpo a corpo no Intercolegial, maior competição esportiva estudantil do Rio, com provas em duas modalidades. Hoje, o basquete terá as semifinais realizadas no Sesc Ramos, na Zona Norte, a partir das 9h, com sete jogos que definirão os finalistas das categorias sub-15 e sub-18, masculino e feminino. Amanhã será a vez do retorno do judô, que volta à programação após cinco anos de ausência e promete movimentar o ginásio do Sesc Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Outra novidade na categoria será a disputa de seis atletas para competirem na modalidade inclusivo, para alunos portadores de deficiência. Diferente do que acontece nos jogos Paralímpicos, onde as lutas são destinadas apenas para judocas portadores de deficiência visual, no Intercolegial entrarão no tatame competidores de variados espectros.
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O tatame receberá 409 judocas de 54 escolas, em disputas que começam às 9h30. A competição será dividida em categorias por idade, contemplando todas as divisões de peso oficiais e com arbitragem credenciada. Entre os federados, as lutas acontecerão nas faixas sub-13, sub-15, sub-17 e sub-19, masculino e feminino. Já entre os não federados, as disputas serão nas categorias sub-13 e sub-15, também para ambos os gêneros. As regras adotadas seguirão os regulamentos oficiais da Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro.
A retomada do judô integra uma programação ampla de modalidades que marcam o calendário do segundo semestre. Basquete e xadrez abriram as competições e, além do judô, ainda haverá disputas de handebol, tênis de mesa, badminton, natação, vôlei, atletismo e vôlei de praia. A diversidade esportiva reforça a proposta do Intercolegial de reunir jovens talentos em diferentes áreas, ampliando as oportunidades de engajamento de alunos e escolas.
Estudantes se enfrentam durante disputa no judô masculino
Ari Gomes/07-11-2015
Para o professor Cláudio Ramos, coordenador técnico do judô no Intercolegial e membro da federação estadual, o retorno da modalidade tem valor simbólico e técnico. Ele acredita que o torneio pode revelar novas promessas e consolidar atletas já em destaque no cenário nacional.
— Vamos ter um nível bastante alto, por termos alunos que já competem a nível mundial, inclusive no Interamericano. São atletas de ponta. Sou um fã dos desportos escolares por unirem a dimensão social, com as bolsas aos alunos, e por serem uma força na descoberta de novos talentos. E mesmo para os alunos que não vão seguir por um caminho da profissionalização no esporte, o judô garante disciplina e foco. São ensinamentos que ficam marcados na vida deles para sempre. A nossa expectativa é a melhor possível para esse retorno — afirmou.
Entre as escolas participantes, o Santa Mônica Rede de Ensino será uma das que mais levarão atletas, com 49 inscritos. No time masculino, João Gabriel Brandão, de 17 anos, da unidade Barra, é um dos nomes mais aguardados. Atleta da seleção brasileira sub-18, ele já disputou dois Intercolegiais, rodou o circuito mundial este ano e foi campeão brasileiro por equipes. No feminino, Raquel Silva Santos de Carvalho, de 13 anos, também do Santa Mônica, chega com moral: foi campeã brasileira regional e representará o Rio no próximo Campeonato Brasileiro, na Paraíba.
Outro nome de destaque é Wedesson Raphael Silva de Oliveira, de 17 anos, da Legião da Boa Vontade. Determinado, ele supera desafios diários ao pedalar de Inhaúma a Bento Ribeiro para treinar. Já Ian Cruz, de 15 anos, aluno do Sistema Elite de Ensino, em Irajá, é considerado uma das promessas mais carismáticas da competição. Conhecido como Índio, em referência às suas origens indígenas na tribo fulni-ô, de Águas Belas (PE), Ian tem como marca registrada subir ao pódio usando cocar. Ele é atleta federado do Idec Projeção, começou no judô aos 3 anos e acumula títulos como campeão mundial escolar em 2023, campeão brasileiro escolar em 2022 e bicampeão estadual. Atualmente, prepara-se para conquistar a faixa preta até o fim do ano.
Mais do que um evento esportivo, o Intercolegial é visto por professores e dirigentes como uma experiência formadora. Ao promover integração entre escolas públicas e privadas, o torneio permite que estudantes de diferentes realidades sociais compartilhem vivências e aprendizados. Essa dimensão educativa se soma ao impacto positivo para os colégios, que encontram no esporte um caminho para fortalecer vínculos com seus alunos e estimular o rendimento em sala de aula.
Além do alto nível técnico e da oportunidade de revelação de talentos, o Intercolegial mantém sua vertente social. Este ano, o Intersolidário segue com a arrecadação de alimentos, roupas e brinquedos pelas escolas participantes, com os resultados sendo contabilizados até 28 de novembro. Outra novidade é a estreia de uma campanha antirracista promovida pelo Sesc RJ, patrocinador oficial do evento, com o objetivo de ampliar o debate sobre o tema entre jovens atletas.
O Intercolegial é uma realização do jornal O GLOBO, com apresentação do Sesc RJ e apoio da Caixa.



Com informações da fonte
https://extra.globo.com/esporte/intercolegial/noticia/2025/09/disputas-na-quadra-e-no-tatame-marcam-o-fim-de-semana-no-intercolegial.ghtml

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