Discussão sobre adultização de menores, levantada por youtuber Felca, chega à Alerj

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A adultização infantil ganhou destaque nas redes sociais nos últimos dias após o influenciador Felca publicar um vídeo, que já ultrapassa 175 milhões de visualizações, sobre casos de crianças com comportamento sexualizado precoce na internet. A discussão sobre o assunto já chegou à Assembleia Legislativa (Alerj).

O deputado Vinicius Cozzolino (União) protocolou, nesta terça-feira (12), projeto de lei que cria a Política Estadual de Conscientização e Combate à Adultização Infantil. De acordo com o parlamentar, a proposta busca garantir a proteção integral de crianças e adolescentes, assegurando seu desenvolvimento físico, psicológico, social e moral, em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“Estamos vivendo um momento em que a infância está sendo encurtada. Crianças estão sendo expostas a conteúdos e padrões de comportamento que não correspondem à sua idade e ao seu estágio de desenvolvimento. Isso impacta diretamente a saúde emocional, a autoestima e o futuro delas. Nossa proposta é uma resposta legislativa para proteger e preservar essa fase tão importante da vida, conscientizando famílias, escolas e toda a sociedade”, afirmou Vinicius Cozzolino.

Iniciativa prevê campanhas educativas contra a adultização

A proposta prevê campanhas educativas em todo o estado, alertando sobre os riscos da adultização infantil e orientando sobre o uso seguro das mídias digitais; distribuição de materiais didáticos para redes públicas e privadas de ensino, reforçando o respeito às etapas do desenvolvimento infantil; capacitação de profissionais de educação, saúde e assistência social para identificar e encaminhar casos; criação de canais de denúncia e acolhimento, assegurando sigilo e proteção ao denunciante e proibição de publicidade, eventos ou conteúdos que incentivem comportamentos sexualizados ou violentos para menores de idade.

“O objetivo não é censurar a arte ou a liberdade de expressão, mas criar limites claros para proteger crianças e adolescentes de pressões, estímulos e exposições inadequadas. Infância não é fase de performar comportamentos adultos para likes ou visualizações, e sim de aprender, brincar, se desenvolver e sonhar”, completou o deputado.



Conteúdo Original

2025-08-12 12:43:00

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