Diniz critica arbitragem após possível pênalti para o Vasco: ‘Fácil de ser marcado’

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Treinador questionou a não marcação de toque na mão de Marlon Freitas dentro da área

Foto: Pedro Cobalea/Lance! Fernando Diniz em coletiva após jogo contra o Botafogo

O técnico Fernando Diniz demonstrou insatisfação com a arbitragem após o empate em 1 a 1 entre Vasco e Botafogo, em São Januário. Durante entrevista coletiva, o treinador reclamou de um pênalti não marcado em lance envolvendo Marlon Freitas e comparou com outro ocorrido em partida recente do time.

– Eu vi a imagem e achei um pênalti fácil de ser marcado. Tão fácil quanto o do Piton (contra o Juventude). Muito parecido. Mão aberta, braço levantado. Não entendo… os critérios são muito diferentes no futebol brasileiro.

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O treinador também elaborou críticas por conta da falta de punição em relação a “cera” e relembrou quando o treinador Léo Jardim foi expulso na partida contra o Internacional.

– Assim como a cera. O único cara que foi expulso na história… É como diz o comentarista: não é médico, mas não é trouxa. Todo mundo é trouxa agora. O único que não é trouxa é o Flávio, que expulsou o Léo Jardim contra o Inter. A falta de critério irrita muito. Se não foi pênalti hoje, não pode ser o do Piton – disse.

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Apesar da insatisfação com o resultado, Diniz valorizou o desempenho da equipe, especialmente pela postura adotada diante do rival.

– Tivemos uma mudança na postura do time. Foi aguerrido, solidário, mais próximo e mais concentrado. Hoje faltou ganhar o jogo. Nosso rival é forte e bem treinado. Fiquei contente com o desempenho, mas não com o resultado. Na volta, o jogo será duro. Está em aberto- projetou o treinador.

O comandante também destacou o funcionamento do sistema defensivo, bastante criticado nos últimos jogos. Para ele, o gol sofrido pelo Vasco foi mérito do adversário.

– Acho que não tinha um problema, pelo contrário, eu acho que o Lucas Freitas e o Hugo Moura levaram vantagem praticamente todo o jogo. Teve uma cabeçada no começo, é uma estratégia que a gente não esperava. O gol teve muito mérito do Botafogo. O cara fez um gol de cabeça da entrada na área. Rara felicidade do cruzamento e do cabeceiro. Se eu fosse fazer uma coisa totalmente diferente do Corinthians, o gol do Corinthians, a gente teve quatro falhas coletivas e individuais para o gol sair. Hoje foi muito mérito – avaliou.

Diniz ainda apontou pequenos ajustes necessários para evitar o lance do gol, mas reforçou a solidez defensiva da equipe.

– Se eu fosse fazer um ajuste, hoje eu falei que o Rayan e o Alex Telles teriam que descer ali para evitar o cruzamento, ficou longe para o Paulo Henrique chegar para tirar o cruzamento. Mas é o detalhe do detalhe. Então, teve muito mérito do Botafogo e a gente não sofreu com a dupla de centroavantes. Eu acho que a gente soube marcar bem, a gente soube retornar rápido para apanhar as segundas bolas e foi muito competitivo o time. Eu acredito também no sistema defensivo, a marcação, o sistema defensivo, o time todo talvez tenha sido a melhor partida do Vasco – concluiu.

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Confita outros tópicos da coletiva

Barros e Jair

– Gostei dos dois. O Jair, com muita Justiça, foi o melhor em campo. É um prêmio pelo pessoa que é. Todo mundo sabe que quando cheguei aqui, ele era muito questionado. Tinha a possibilidade de sair. Sempre gostei dele, tentei levar ele para o São Paulo e para o Fluminense. É um trabalhador exemplar. Merecia um momento de ser enaltecido pela torcida e fazer um gol, que foi muito importante. O menino foi muito bem, tem futuro brilhante pela frente. O Barros, em 2021, na minha primeira vez aqui, era do sub-17, da turma do Andrey Santos e Marlon Gomes. Ele estava em uma lista que subiria se eu continuasse. Quando teve a chance dele voltar, foi uma alegria. Estava bem no América-MG. Ele está bem nos treinos e hoje jogou muito bem.

Matheus França

É um jogador que gosto muito. Enfrentei ele em 2023 algumas vezes, quando era titular com o Vitor Pereira. É muito dinâmico, pode jogar em várias funções do ataque, até de 8. É polivalente. Tem recursos para jogar de ponta, de 10, de 8 e de falso 9. Isso contribuiu para que eu pedisse para trazê-lo.

Possibilidade de chegar mais um zagueiro

– Não está fechado, mas eu não sei se o Vasco vai ter mais contratações para frente. Eu me envolvi em todas as contratações, falando dos jogadores. Contratar sempre é difícil, não é fácil acertar contratação, principalmente com pouco recurso financeiro, eu já falei isso mais de uma vez. Esses jogadores foram monitorados por todo departamento, eu não sou um treinador de ficar indicando um monte de jogadores. Tenho calma, porque a chance de você errar quando você quer trazer, só para você dar uma satisfação para fora, para o torcedor, você acaba cometendo erros que depois você não consegue corrigir. Eu acho que na dúvida você não tem que trazer quase nunca, a gente tem que ter um pouquinho mais de certeza para poder fazer as indicações. Esses jogadores, todos eu participei ativamente na negociação, falei de fato com os jogadores, todos eles se mostraram muito empenhados e com muito desejo de vir trabalhar no Vasco. A gente confia que eles vão nos ajudar muito.

Estreia dos reforços

– Em relação ao Robert Renan e ao Matheus França, a gente tem que ter um pouco de calma, porque assim, faz muito tempo que eles não jogam. O último jogo do Robert foi em maio e ele estava na Arábia Saudita. E o Matheus França teve um período de férias, ele teve uma lesão e estava voltando a trabalhar com o time agora, faz uma semana, uns 10 dias. Agora que a Data Fifa vai ajudar, mas a gente precisa ter um pouco de calma para saber quando a gente vai poder usar os dois na plenitude.

Lesão de Tchê Tchê

– Acho que até lá (jogo da volta) vai ter condição de jogar, ele teve um estiramento leve. Hoje nossa expectativa é essa, de que lá ele esteja em condição de jogar.

Situação do Paulo Henrique

– O Paulo Henrique ele tinha um desconforto na coxa a gente fez um exame que acusou um pouquinho de edema, um edema mínimo lá atrás. A gente foi avaliando e com muita cautela, botando ele para o jogo, então foi uma coisa muito pensada, ele provavelmente não teve nada grave, porque ele estava conseguindo. Ele estava com desconforto, o desconforto foi aumentando, mas provavelmente ele não teve ali uma lesão grande, coisas desse tipo, a gente vai reavaliar amanhã e agora tem esse período aí da Data Fifa, obviamente que provavelmente para o jogo do Sport ele vai estar fora, e para o jogo do Botafogo ele deve estar à disposição de novo.

O gramado sintético do Nilton Santos

– A desvantagem sempre tem, porque jogar dentro da sua casa é um fator importante, mas não é determinante, é importante. Então a gente sabe que jogar no Nilton Santos vai ter a torcida do Botafogo, que vai incentivar o time, como a nossa incentivou, e tem a questão do gramado, que a gente tem que procurar se adaptar rápido, a gente já jogou lá algumas vezes, o Vasco já jogou lá, mas eu repito, é diferente jogar gramado de liga na sintética.

Posicionamento de Hugo Moura

Ele já jogou na zaga em outros momentos. Jogou no Flamengo assim. Se for analisar em como zagueiro, jogou bem em todos os jogos. Ganhou todos os duelos. Tem boa saída de bola, tem bola longa. Ele pode jogar como zagueiro em qualquer momento. Assim como pode jogar de volante. A verdade é que vai jogar quem estiver melhor no time. Não gosto desse termo “improvisado”. Ele pode, sim, ficar na defesa. Vou procurar escalar o time que faça o Vasco ter mais chance de ganhar os jogos.

✅ FICHA TÉCNICA
VASCO 1 X 1 BOTAFOGO
COPA DO BRASIL – QUARTAS DE FINAL (IDA)

📆 Data e horário: quarta, 27 de agosto de 2025, às 21h30 (horário de Brasília);
📍 Local: São Januário;
🟨 Árbitro: Anderson Daronco (RS);
🚩 Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Correa (RJ) e Victor Hugo Imazu dos Santos;🖥️ VAR: Rodolpho Toski Marques (PR).

Gols: Jair 16’/1ºT (VAS); Arthur Cabral 7’/1ºT (BOT)

Cartões amarelos: Vegetti e Hugo Moura (VAS); Arthur Cabral, Marlon Freitas, Marçal e Danilo (BOT)

⚽ESCALAÇÕES

VASCO (Técnico: Fernando Diniz)

Léo Jardim, Paulo Henrique (Puma Rodríguez), Hugo Moura, Lucas Freitas e Lucas Piton; Jair, Barros, Rayan (Estrella), Coutinho (Andrés Gómez) e Nuno Moreira (David); Vegetti.

BOTAFOGO (Técnico: Davide Ancelotti)

John, Vitinho, Kaio Pantaleão, Barboza e Alex Telles; Danilo, Marlon Freitas (Allan), Álvaro Montoro (Matheus Martins) e Artur (Newton); Chris Ramos (Savarino) e Arthur Cabral.





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