Manifestantes ocupam a Avenida Atlântica, em Copacabana, na tarde deste domingo (14), em um ato contra o Projeto de Lei da Dosimetria, aprovado na Câmara dos Deputados na última semana e agora em análise no Senado. Além de artistas de peso, a manifestação conta com a presença expressiva de deputados de esquerda, tanto federais quanto estaduais.
O ato, convocado por partidos e movimentos progressistas, ganhou ainda mais impulso após a confirmação da presença do cantor Caetano Veloso. Além dele, participam artistas como Gilberto Gil, Chico Buarque, Fafá de Belém e Lenine. Nas faixas e cartazes, é possível ler palavras de ordem como “Sem Anistia” e “Congresso inimigo do povo”.
Presença expressiva de deputados do PSOL, PT e PCdoB em Copacabana
Entre os parlamentares federais pelo Rio presentes estão Benedita da Silva (PT), Chico Alencar (PSOL) e Glauber Braga (PSOL), que está com o mandato suspenso por seis meses na Câmara. Também participam Jandira Feghali (PCdoB), o Pastor Henrique Vieira (PSOL) e Reimont (PT). Completam a lista Talíria Petrone (PSOL) e Tarcísio Motta (PSOL).
A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) também está representada na orla de Copacabana. Pelo PSOL, participam Flávio Serafini, Professor Josemar, Renata Souza e Yuri Moura. Pelo PCdoB, está a deputada Dani Balbi. Já o PT é representado por Elika Takimoto e Marina do MST.
Batizada de “Ato musical 2: o retorno”, a manifestação faz referência ao protesto realizado em setembro contra a PEC da Blindagem e propostas de anistia a condenados por tentativa de golpe. Na ocasião, segundo contagem da USP, cerca de 41,8 mil pessoas participaram do ato.

O que é o PL da Dosimetria
O protesto critica o conteúdo do projeto aprovado pela Câmara dos Deputados, que estabelece que os crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e de golpe de Estado, quando praticados no mesmo contexto, tenham aplicada apenas a pena mais grave, e não a soma das punições.
O texto também reduz o tempo para progressão do regime prisional do fechado para o semiaberto ou aberto. Para os opositores, a mudança beneficia diretamente réus ligados à tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e militares de alta patente.

