Na reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj, parlamentares da base bolsonarista reforçaram a defesa do leilão de dois imóveis públicos, que segundo eles estariam sendo utilizados por grupos de esquerda para atividades de militância. Apesar da postura crítica, os deputados decidiram preservar um terceiro espaço, a Casa Arco-Íris, reconhecida por manter um projeto social em funcionamento.
Casa Almerinda Gama permanece na lista de leilão
O deputado Alexandre Knoploch (PL), presidente do grupo de trabalho da CCJ responsável pelas vistorias, manteve a Casa Almerinda Gama entre os bens a serem leiloados. De acordo com ele, o imóvel localizado na Rua da Carioca, no Centro do Rio, não possui documentação regular nem atividades comprovadas. O espaço foi ocupado em 2022 pelo movimento Olga Benário e, desde 2023, é alvo de uma ação judicial de desocupação.
“Mesmo com minha questão ideológica e religiosa contrária à Casa Arco-Íris, constatamos que lá funciona um projeto real. Mas a situação da Casa Almerinda Gama é completamente diferente. Há anos eles não apresentam o CNPJ já solicitado pelo Estado”, afirmou Knoploch.
Movimento “Tortura Nunca Mais” sob críticas
O presidente da CCJ, Rodrigo Amorim (União), também se posicionou contra a permanência do movimento “Tortura Nunca Mais” em um imóvel público. Para ele, o espaço estaria sendo usado como base de militância contra o Governo do Estado e a Polícia Militar.
“É absolutamente legítimo que o grupo seja oposição e critique o Governo. Defendo essa liberdade. Mas é preciso que arque com os custos de sua militância”, declarou Amorim.
Imóveis preservados
Até agora, dois imóveis foram retirados da lista de leilões: o Complexo do Caio Martins, em Niterói, e o terreno onde funciona o Batalhão de Polícia do Leblon.
Escola Villa-Lobos é elogiada
Nas redes sociais, Knoploch também destacou a vistoria à Escola de Música Villa-Lobos, no Centro do Rio, elogiando a atuação da unidade e a proposta de criação de uma biblioteca no local.