CPI das câmeras da Alerj quer prorrogação dos trabalhos por 60 dias

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A CPI das Câmeras, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), poderá ser prorrogada por mais 60 dias. O prazo inicial para a conclusão dos trabalhos do colegiado se encerraria no próximo dia 22/10. A ampliação até dezembro, deliberada durante reunião da comissão nesta segunda-feira (06/10), precisa ser referendada em votação pelo plenário do Parlamento fluminense. Instalada em junho deste ano, a CPI tem como objetivo investigar a atuação de empresas privadas que se beneficiam da insegurança no estado.

A CPI investiga diversas empresas de monitoramento de câmeras e de associações de segurança veicular por supostos pagamentos a criminosos e traficantes pelo resgate dos automóveis roubados, irregularidades na contratação das câmeras de monitoramento, atuação de agentes de segurança pública nas empresas privadas, além de sonegação de impostos.

Relatório final robusto

O presidente da comissão, deputado Alexandre Knoploch (PL), informou que o grupo ainda precisa analisar muitas informações oriundas da quebra de sigilos bancários. “Vou disponibilizar as informações a todos os integrantes do colegiado para que possamos nos debruçar nos relatórios. Já estamos com material robusto para elaborarmos o relatório final e encaminharmos as denúncias à Justiça”, declarou o parlamentar.

Além de Knoploch, também estiveram presentes na reunião os deputados Marcelo Dino (União), que é vice-presidente do grupo; Luiz Paulo (PSD) e Professor Josemar (PSol). Ainda são integrantes da CPI os seguintes parlamentares: Filippe Poubel (PL), que atua como relator, Rodrigo Amorim (União), Alan Lopes (PL), Renan Jordy (PL), Thiago Rangel (PMB) e Sarah Pôncio (SDD).

Oitivas da CPI

Nas últimas semanas, a CPI se debruçou em apurar esquemas de roubos de carros e cargas envolvendo as associações de proteção veicular. Os integrantes do grupo já estiveram, inclusive, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, para realizar oitivas com cinco detentos que foram presos por envolvimento nesses esquemas. Já em reunião no dia 22 de setembro, os parlamentares determinaram a prisão de dois empresários que prestaram depoimentos: Sérgio David, representante da Associação Rio Ben Benefícios, e Thiago Menezes, presidente da empresa de proteção veicular Êxodos.

Os integrantes da CPI também já realizaram oitivas com representantes das empresas de câmeras de segurança, como a Gabriel Tecnologia. Durante reunião do colegiado no dia 11/08, a Secretaria municipal de Desenvolvimento Urbano e Licenciamento da capital fluminense informou que a empresa tem até o fim deste ano para retirar mais de 400 câmeras instaladas em vias públicas do município devido a irregularidades como, por exemplo, obstrução de vias.

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Rodrigo Da Matta é formado em Jornalismo, Radialismo e Marketing, com especialização em Comunicação Governamental e Marketing Político pelo IDP. Atualmente, é graduando em Publicidade e Propaganda, Ciências Políticas e Gestão Pública.
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