COP 30 deixa legado de improviso, invasão, incêndio e calote

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A 30ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém entre 10 e 22 de novembro de 2025, terminou marcada pelo caos e expôs a falta de gestão do Governo Lula. O evento, que deveria consolidar o protagonismo brasileiro na diplomacia climática, deixou como legado episódios de improviso, falhas de segurança, incêndio em estruturas e denúncias de calote contra trabalhadores terceirizados.

Trabalhadores sem pagamento e injustiça social

Centenas de profissionais contratados para montagem, limpeza e apoio logístico relataram não ter recebido os pagamentos prometidos após jornadas exaustivas em condições precárias. Para sindicatos e entidades locais, o caso simbolizou a contradição de uma conferência que pregava justiça climática enquanto praticava injustiça social dentro de suas próprias estruturas.

Crises organizacionais e falhas de infraestrutura

A credibilidade da cúpula foi abalada por crises sucessivas: tentativa de invasão da área restrita, carta oficial do secretário-executivo da UNFCCC cobrando medidas urgentes para corrigir falhas de infraestrutura e um incêndio que expôs vulnerabilidades na organização.

Delegações estrangeiras denunciaram temperaturas excessivas nos pavilhões, alagamentos e vazamentos próximos a instalações elétricas, além da ausência de líderes globais de peso, o que reduziu o impacto político da conferência.

Repercussão internacional devastadora

A imprensa estrangeira não poupou críticas. O The Guardian classificou o encerramento como “um caos”, enquanto o Washington Post destacou a “falta de ambição” diante da crise climática. O documento final, chamado “Mutirão Global”, foi considerado um fiasco: com apenas oito páginas, não mencionou combustíveis fósseis e trouxe acordos aprovados às pressas, reforçando a percepção de improviso e retrocesso.

Sem avanços e frustração global

O texto final apresentou apenas medidas simbólicas, como indicadores para medir a Meta Global de Adaptação e compromissos modestos em financiamento climático. Questões centrais, como a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, foram adiadas para 2026.

A COP30 terminou como retrato de improviso e frustração, deixando Belém marcada não pelo avanço das negociações, mas pelo caos organizacional.



Com informações da fonte
https://coisasdapolitica.com/brasil/25/11/2025/cop-30-deixa-legado-de-improviso-invasao-incendio-e-calote

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