Construção do Terminal Missões: avanço na mobilidade urbana com 10 anos de atraso

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Com uma defasagem de dez anos, a aprovação do projeto de construção do Terminal Missões, uma nova expansão do BRT Metropolitano, acena como um avanço na questão da mobilidade urbana no Rio de Janeiro. Trata-se de um auxílio na integração da malha rodoviária metropolitana ao oferecer acesso à Baixada Fluminense, contemplando os municípios de Duque de Caxias e Magé, além de facilitar o deslocamento para a Região Serrana.

O presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ), Sydnei Menezes, considera a iniciativa como uma necessidade que demorou muito para sair do papel.

“A construção do Terminal Missões é o cumprimento de mais uma etapa do projeto do BRT como um todo. O projeto visa a integração do sistema de transportes do Rio de Janeiro com os demais municípios, de alcance metropolitano. Portanto, é uma boa notícia, apesar de bastante atrasado comparado ao cronograma oficial, com uma defasagem de 10 anos”, diz o arquiteto e urbanista Sydnei Menezes.

O Terminal Missões ficará no encontro da Avenida Brasil com a Washington Luiz

No fim de agosto, a Prefeitura do Rio anunciou a construção do Terminal Metropolitano Missões, no entroncamento da Rodovia Washington Luiz com a Avenida Brasil. Localizado em ponto estratégico, o projeto contará com uma frota exclusiva de ônibus e permitirá a ligação da Baixada Fluminense com integração para qualquer lugar da cidade do Rio, com tempo reduzido de viagem. Essa é mais uma iniciativa que integra o plano de conexão da malha rodoviária de toda a Região Metropolitana.

Como parte da expansão do BRT Metropolitano, a Prefeitura também anunciou a construção do Terminal Margaridas, uma nova linha do sistema que fica na interseção da Rodovia Presidente Dutra com a Avenida Brasil, na altura de Irajá. Atualmente em construção, a estrutura deverá atender cerca de 200 mil passageiros por dia e tem previsão de início de operação no primeiro semestre de 2026. O terminal funcionará como ponto de chegada dos ônibus intermunicipais, permitindo que os passageiros acessem diretamente o sistema BRT, em uma conexão direta entre a Baixada Fluminense e a cidade do Rio.

Entre outras ações já realizadas no projeto de integração da Prefeitura do Rio de Janeiro, está a aquisição de 50 novos ônibus articulados para reforçar o serviço do BRT e a proposta de criação do Bilhete Único Metropolitano (BUM), que permitirá aos moradores da Região Metropolitana se deslocarem entre os municípios pagando apenas uma única passagem.



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