A Secretaria estadual de Esportes e Lazer voltou ao centro das atenções na Assembleia Legislativa. O cargo, ocupado por Rafael Picciani (MDB), vinha sendo tratado como posição segura — quase um artilheiro fixo na grande área, difícil de derrubar sem risco de pênalti.
Na última quarta-feira (3), porém, Picciani reassumiu o mandato parlamentar para conter a crise gerada pela prisão do suplente TH Joias. Sua volta foi a solução encontrada para evitar que a Alerj tivesse de votar, em plenário, a autorização para manter o suplente preso — desgaste político que o governo não queria enfrentar.
A manobra reduziu o prejuízo imediato, mas reacendeu a cobiça em torno da pasta. Entre governistas, a avaliação é de que o MDB não teria peso suficiente na Casa para sustentar uma secretaria de tamanho estratégico, com ampla rede de alcance e expressivo potencial eleitoral. Além disso, aliados afirmam que o partido saiu enfraquecido do episódio TH e deveria repensar seu espaço no primeiro escalão.
Ao enviar Picciani de volta à Alerj, o governador Cláudio Castro (PL) garantiu que sua permanência no Legislativo seria temporária e que, em breve, ele retornaria ao Palácio Guanabara. Resta saber, agora, se a pressão dos governistas será suficiente para tirar Picciani de campo — ou se o MDB seguirá defendendo, firme, sua posição no time titular.