O pesadelo começou com mensagens insistentes e telefonemas ameaçadores. Grace, de 31 anos, se viu acuada dentro de casa, com medo de sair, enquanto seu perseguidor, Karl Chads, 40, deixava claro que faria qualquer coisa para dominá-la.
“Se eu o bloqueasse, não teria como mostrar as provas para a polícia… então eu só tive que agir”, contou Grace ao jornal “The Sun”.
A redatora britânica Grace, de Watford (Inglaterra), viveu meses de terror após ser perseguida por um colega obcecado, que a ameaçou, invadiu seu apartamento e roubou o seu diário. A polícia demorou a agir, e ela precisou lutar sozinha para se proteger. O drama de Grace está num documentário lançado nesta semana pelo Channel Four.
Karl Chads tentou arrombar porta da casa de Grace
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O assédio começou logo após Karl se juntar à empresa de Grace, em maio de 2023. Inicialmente, ele parecia apenas estranho, mas rapidamente sua obsessão se tornou clara. Ele enviava mensagens insinuando que queria “tomar [seu] lugar” e, mesmo após ela afirmar estar em um relacionamento, continuou com ameaças de demissão, insultos e cantadas agressivas.
O comportamento de Karl escalou em outubro de 2023, quando Grace recebeu um pacote em casa com uma carteira de caveira e uma carta manuscrita. A mensagem confirmava que ele sabia onde ela morava.
“Meu apartamento estava cheio de caveiras, mas ninguém sabia disso… ele tinha se apegado às minhas memórias. Eu senti que nada mais era meu”, lembrou Grace, que trabalhava redigindo textos para licitações, persuasivos e bem estruturados, a fim de ajudar clientes da empresa a ganhar contratos ou garantir financiamento.
Além disso, Karl chegou a publicar mensagens privadas de Grace em grupos de trabalho, tentando humilhá-la publicamente. Ele também telefonava dezenas de vezes em uma hora, deixando áudios desesperados e ameaçadores. Cada toque do telefone fazia Grace tremer de medo.
Karl chegou a manter buquê de rosas à vítima
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Em outra ocasião, ele enviou um buquê de rosas acompanhado de uma carta longa e confusa, cheia de desculpas e pedidos de perdão, mas que só aumentou o terror de Grace e de seu namorado, Daryl.
Durante um telefonema, gritou: “Você não sabe com quem está lidando. Vou estuprar sua namorada na sua frente!” O terror levou Grace e Daryl a fugir de casa.
“Não havia lugar seguro para onde ir, e nada estava sendo feito a respeito”, acrescentou Grace.
As tentativas de intervenção policial foram frustrantes. Apesar de Grace registrar queixas, o caso só começou a ser tratado com seriedade quando Karl finalmente invadiu sua casa, tentando arrombar a porta e entrando por uma janela, com sacos contendo vinho, copos e preservativos.
Perseguidor invadiu a casa pela janela
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Colega de trabalho perseguiu Grace por meses, invadiu a sua casa e ameaçou estupro
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Ele levou seu diário e deixou para trás cenas de destruição. Felizmente, a polícia conseguiu recuperar os pertences e prender o agressor.
“No vídeo da câmera na campainha, ele sai calmamente com meu diário debaixo do braço. Foi como se tivesse reivindicado um troféu”, disse Grace.
No julgamento, Karl foi condenado a oito anos e três meses de prisão, recebeu medida protetiva indefinida e foi obrigado a se registrar no cadastro de crimes sexuais. Apesar da justiça, a experiência deixou marcas profundas:
“Estou sempre vigilante, observando minhas costas, para sempre. Não sou mais a mesma pessoa de antes.”
Com informações da fonte
https://extra.globo.com/blogs/page-not-found/post/2025/09/colega-de-trabalho-persegue-redatora-por-meses-invade-casa-e-ameaca-estupro-nao-havia-lugar-seguro-para-onde-ir.ghtml
Colega de trabalho persegue redatora por meses, invade casa e ameaça estupro: 'Não havia lugar seguro para onde ir'

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