Cientistas descobrem bicho-pau gigante de 40 cm; nova espécie de pode ser inseto mais pesado da Austrália

Tempo de leitura: 4 min




Cientistas australianos anunciaram a descoberta de uma nova espécie de bicho-pau gigante, que pode ser o inseto mais pesado já encontrado no país. Com 40 centímetros de comprimento, o Acrophylla alta pesa um pouco menos que uma bola de golfe. Veja:
Initial plugin text
Nos EUA: Ninho com vespas radiativas é achado em instalação nuclear
Descoberta: Colmeia de 1,80m e 80 mil abelhas é encontrada em casa; morador terminou com 22kg de mel
Pesquisas: Sinal de rádio de mais de 13 bilhões de anos traz indícios do surgimento do Universo
O inseto foi encontrado nas florestas de alta altitude na região de Atherton Tablelands, no norte de Queensland (Austrália). Os pesquisadores acreditam que o habitat frio e úmido pode ser uma das razões para o tamanho fora do comum.
Segundo um estudo publicado na revista científica Zootaxa, o novo bicho-pau pode pesar mais que a barata gigante de túnel, que até então era considerada o inseto mais pesado da Austrália.
O professor Angus Emmott, da James Cook University, contou que um post nas redes sociais ajudou a chegar até o inseto. Ele disse que seu coautor, Ross Coupland, recebeu uma foto e “imediatamente achou que poderia ser algo novo”.
Depois de muitas noites de busca, eles encontraram uma fêmea grande entre Millaa Millaa e o Monte Hypipamee. Ela estava tão alta na árvore que foi preciso usar um galho longo para tirá-la de lá.
🔔 Siga o canal “EXTRA Page” no WhatsApp: Acompanhe mais notícias bizarras e curiosas pelo mundo
Quando Coupland viu o inseto de perto, teve certeza que se tratava de uma espécie nova. Eles levaram a fêmea para a casa de Emmott para estudá-la. Ela foi mantida em uma gaiola, alimentada e tiveram os ovos coletados.
“Com os bichos-pau, os ovos são muito característicos, e cada espécie diferente tem ovos ligeiramente diferentes,” explicou Emmott.
O pesquisador acredita que ninguém havia descoberto a espécie antes porque vive em um local de difícil acesso. “Ela vive no alto da copa das árvores. Então, a não ser que um ciclone ou uma ave traga uma para baixo, pouquíssimas pessoas conseguem vê-las,” disse ele.
Segundo ele, o ambiente também pode explicar o tamanho do bicho-pau. “Ambiente frio e úmido onde elas vivem.”
Agora, o próximo desafio é encontrar um macho da espécie, o que não é fácil: eles são muito menores e se camuflam bem. Emmott explicou que: “Você realmente precisa encontrar o macho copulando com a fêmea.”
“Aí você sabe o que é, coleta os ovos e pode realmente confirmar que eles são da mesma espécie.”
A especialista em insetos do Museu de Queensland, Nicole Gunter, comentou que a descoberta preenche uma lacuna no conhecimento da biodiversidade australiana.
“A Austrália abriga uma imensa biodiversidade que ainda não foi classificada nem recebeu um nome científico,” disse ela.
Ela estima que até 70% das espécies de insetos australianos ainda não foram descritas. “Reconhecer essa espécie como distinta também é importante para sua conservação. Não podemos conservar uma espécie se não soubermos que ela existe ou onde ela vive.”
Por enquanto, o Acrophylla alta só foi registrado em poucas áreas de floresta nas regiões tropicais úmidas de Queensland. Novas expedições podem ajudar a entender melhor onde vivem e quais ameaças enfrentam.
Initial plugin text



Conteúdo Original

Compartilhe este artigo
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *