Caso Madeleine McCann: polícia investigou 'teoria alternativa' e interrogou mulher alemã; entenda

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Uma mulher alemã que foi investigada pela polícia portuguesa e britânica como parte da teoria de um atropelamento no misterioso desaparecimento de Madeleine McCann quebrou o silêncio sobre o caso, sete anos após a investigação. Em entrevista à imprensa, ela afirmou ter ficado “chocada” ao descobrir seu papel na investigação.
A menina britânica, de apenas três anos, desapareceu enquanto passava férias com a família na Praia da Luz (Algarve, Portugal), em 3 de maio de 2007. Desde então, o caso se tornou uma das investigações de desaparecimento mais conhecidas do mundo, e buscas por pistas continuam em andamento.
À época, uma das hipóteses levantadas pela polícia portuguesa e britânica era que Madeleine teria acordado, saído do apartamento por uma porta do pátio destrancada e sido vítima de um atropelamento.
Como parte dessa linha de investigação, a mulher alemã foi investigada. O caso chegou à imprensa portuguesa neste ano. Segundo o jornal “Correio da Manhã”, a investigação parou depois que as autoridades alemãs se recusaram a enviar um detetive disfarçado para aprofundar o caso.
Nesta semana, a mulher foi localizada pelo “Sky News” e revelou mais detalhes sobre a noite em que Madeleine foi vista pela última vez.
“Eu nem sei se houve um acidente de carro porque estava trabalhando”, disse ela, recordando a noite do desaparecimento de Madeleine. A mulher explicou que trabalhava em um restaurante próximo à praia, frequentado pelos pais da menina, e que só retornou para casa por volta das 22h30, depois que os pais da criança perceberam que ela estava desaparecida.
Seu parceiro britânico, chef do mesmo restaurante, chamado dee Ocean Club, disse que tinha atendido a família McCann e que já estava em casa quando ela voltou.
Os pais de Madeleine estavam jantando com amigos naquela noite, enquanto ela dormia no apartamento térreo com os irmãos gêmeos mais novos. O quarto ficava a cerca de 55 metros de distância do restaurante.
O casal ia conferir se as crianças estavam bem de tempos em tempos até que, por volta das 22h, a mãe de Madeleine percebeu que a menina tinha desaparecido.
Ela contou que a polícia portuguesa revistou seu apartamento nos dias seguintes e que perdeu a paciência quando um oficial pediu que esvaziasse o congelador em uma segunda busca. Questionada sobre rumores de que poderia ter usado um carro, rebateu: “Você acha que eu a atropelaria? Eu nem tinha carro na época”.
Mais de uma década depois, a mulher ainda recebeu chamadas de policiais alemães, principalmente sobre Christian Brueckner, que hoje é o principal suspeito do caso.
Atualmente, o alemão de 47 anos cumpre pena de sete anos por estuprar uma idosa americana no Algarve, mas deve ser liberado ainda este ano. As autoridades ainda não encontraram evidências que o conectem ao desaparecimento da britânica de 3 anos em 2007.
Sobre a teoria do atropelamento, Kate McCann, mãe de Madeleine, sempre afirmou que a filha não poderia ter saído sozinha do apartamento.
No livro “Madeleine” (2011), escreveu: “Para acreditar que Madeleine poderia ter saído sozinha, você teria que aceitar que ela abriu a porta dos fundos, passou pela grade de segurança, abriu o portão da rua e ainda fechou tudo cuidadosamente atrás de si. Que criança de três anos faria isso?”
Autoridades alemãs, por sua vez, tentam implementar restrições sobre Christian depois que o suspeito sair da prisão, incluindo toque de recolher, proibição de viajar, monitoramento eletrônico ou endereço fixo, já que especialistas afirmam que ele representa risco real de cometer outros crimes sexuais.



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