Homem foi levado para a 93ª DP para medidas cabíveisFoto: Divulgação/Semop
Volta Redonda – Câmeras de segurança da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) foram fundamentais para esclarecer uma falsa comunicação de crime registrada em Volta Redonda. O caso aconteceu no dia 27 do mês passado e envolveu um homem, de 42 anos, que relatou à Polícia Civil ter sido vítima de um assalto. Após análise de imagens captadas pelo sistema de monitoramento e ser confrontado pelas autoridades, o homem acabou confessando posteriormente que inventou toda a situação.
De acordo com o registro de ocorrência, o homem contou à polícia que, ao sair do trabalho e caminhar pela Rua 41C, na Vila Santa Cecília, teria sido abordado por dois homens – um branco e um pardo, ambos com idade aparente entre 25 e 30 anos – próximo a uma ponte no bairro. Segundo a versão inicial, um dos supostos assaltantes teria feito menção de estar armado, obrigando-o a entregar seu celular, documentos e cartões bancários. O crime teria ocorrido entre 17h30 e 17h45.
Com base nesse relato, agentes da Operação Segurança Presente iniciaram buscas imediatas e utilizaram o sistema de monitoramento por câmeras da cidade para verificar a denúncia. As imagens analisadas, somadas a informações coletadas com pedestres, levantaram inconsistências na versão apresentada pelo comunicante.
Durante diligências na residência da suposta vítima, os agentes também ouviram familiares, que reforçaram dúvidas sobre a veracidade da narrativa. Convidado a retornar à base da Segurança Presente, ele acabou confessando que havia inventado o assalto. O objetivo era justificar a troca de bens pessoais por entorpecentes.
O caso foi encaminhado à delegacia da Polícia Civil (93ª DP), onde o homem, acompanhado do pai, assinou um termo circunstanciado por falsa comunicação de crime.
Para o secretário municipal de Ordem Pública, Coronel Henrique, o episódio demonstra o impacto positivo do sistema de monitoramento na segurança pública.
“Graças à tecnologia conseguimos responsabilizar uma pessoa que tentava ludibriar as autoridades para tentar ter algum tipo de benefício com a falsa comunicação de crimes. As câmeras foram decisivas para evitar que uma falsa ocorrência fosse registrada como crime consumado. Isso prejudica o planejamento das forças de segurança e os recursos empregados para tentar esclarecer um fato que não ocorreu, quando poderiam estar sendo empregados na resolução de um caso verdadeiro. Parabenizo a Polícia Civil, na pessoa do delegado Vinícius Coutinho, e a Operação Segurança Presente, comandada pelo major José Eduardo Silvério”, disse Coronel Henrique.
De seis meses a oito anos de prisão
Segundo a Polícia Civil, o noticiante de uma falsa comunicação de crime pode ser responsabilizado por delitos diversos, como contravenção, denunciação caluniosa, falsidade ideológica e estelionato, cujas penas variam de seis meses a oito anos de prisão e podem ser aplicadas cumulativamente, a depender do caso.
2025-09-01 14:32:00