A Câmara do Rio aprovou em definitivo, nesta quinta-feira (23), o projeto que autoriza a utilização de imagens de câmeras instaladas pela iniciativa privada no sistema municipal e estadual de segurança. A proposta, alinhada aos planos do prefeito Eduardo Paes (PSD) de ampliar o monitoramento urbano, estabelece regras para que condomínios, estabelecimentos comerciais e residências compartilhem imagens com o poder público.
De acordo com o texto, o envio das imagens ocorrerá por meio de convênios que deverão definir responsabilidades sobre manutenção, operação, protocolos de uso e garantias de proteção à confidencialidade. A medida busca aumentar o alcance da vigilância e aprimorar ações de prevenção a crimes.
Integração com o Civitas e expansão do monitoramento
O projeto é aprovado no momento em que a prefeitura planeja instalar 10 mil novas câmeras em 2026. Esses equipamentos serão conectados ao Civitas — plataforma que concentra imagens do Centro de Operações e Resiliência (COR), da Guarda Municipal e da Secretaria Estadual de Segurança Pública.
A iniciativa também dialoga com a estruturação da Divisão de Elite da Guarda Municipal, que começa a operar no próximo ano. O grupamento armado contará com investimento previsto de R$ 276 milhões.
O presidente da Câmara e autor do projeto, Carlo Caiado (PSD), afirma que a proposta aproxima esforços públicos e privados para ampliar a capacidade de vigilância. “A ideia é transformar o Rio numa cidade de monitoramento amplo, com um centro de supervisão reconhecido internacionalmente. A participação de condomínios e comércios no Civitas e no trabalho da PM aumenta a eficiência da vigilância em tempo real”, disse ele, citando exemplos de integração já existente em grandes centros comerciais, como o Barra Shopping.
Para o coautor Leniel Borel (PP), a medida representa um salto tecnológico na política de segurança. “O monitoramento inteligente salva vidas. Integrar câmeras particulares ao sistema público significa ampliar os olhos da cidade em tempo real. É uma ação moderna, transparente e voltada ao interesse coletivo”, declarou o vereador.
