Com informações de G1. Um cachorro baleado em favela no Rio mobilizou moradores e autoridades na manhã desta quinta-feira (25). O caso aconteceu na comunidade Para-Pedro, em Irajá, na Zona Norte. Segundo relatos, traficantes da região juraram o animal de morte.
O cão, batizado de Irajá, levou um tiro na pata dianteira esquerda, teve a patinha quebrada e perdeu um dos dedos. O animal foi levado ao Hospital Veterinário Jorge Vaitsman, na Mangueira. Lá, ele passou por cirurgia e iniciou o processo de recuperação.
Casos de violência contra animais aumentam
Em menos de 24 horas, dois cães foram baleados em comunidades do Rio e precisaram ser socorridos pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais.
O secretário Luiz Ramos Filho afirmou que a prática de “jurar animais de morte” tem aumentado. A motivação é quando os cães atrapalham, seja latindo, reagindo, correndo atrás de pessoas erradas ou protegendo casas e pessoas.
“Temos atendido muitos animais baleados. Isso vem acontecendo com muita frequência. Ou o animal é baleado em confronto entre policiais e bandidos ou o bichinho é jurado de morte, porque incomodou o chamado poder paralelo. Só por ter latido ou avançado já é o suficiente para ser mais um nas estatísticas da violência, da brutalidade. Nem os animais escapam dessa situação de barbárie extrema que temos vivido”, lamenta o secretário Luiz Ramos Filho.
Quando receber alta do hospital veterinário, o cãozinho Irajá será encaminhado para um abrigo da prefeitura, onde ficará disponível para adoção.
Na quarta-feira, a cadelinha Nina foi atingida por uma bala perdida durante um confronto entre policiais e criminosos no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho. Nina estava na frente da sua casa, quando foi atingida por um tiro. A bala entrou pelo tórax e saiu pela pata esquerda dianteira.
Equipes do posto veterinário municipal de Vicente de Carvalho socorreram a cadela e a transferiram para o Hospital Jorge Vaitsman. Os médicos realizaram a cirurgia, colocaram um fixador externo e explicam que ela pode precisar de outros procedimentos para evitar amputação. Apesar disso, Nina recebeu alta nesta quinta-feira e já voltou para casa com a tutora.
No início de setembro, outro caso também chamou atenção. Um pitbull chamado Hércules levou três tiros na favela do Batan, em Realengo, Zona Oeste. Ele foi atendido no Hospital Veterinário Jorge Vaitsman e permanece sob cuidados da prefeitura.
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