O homem que atacou uma sinagoga na semana passada em Manchester, norte da Inglaterra, ligou para a polícia e “jurou lealdade ao Estado Islâmico” durante a ação, disse um porta-voz da polícia britânica antiterrorismo nesta quarta-feira. O ataque ocorreu no Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico, enquanto pessoas se reuniam para cerimônia dentro da sinagoga Heaton Park Hebrew Congregation. O autor do crime, Jihad al-Shamie, que dirigiu um carro contra fiéis na calçada do templo e atacou as vítimas com uma faca, foi morto a tiros pela polícia.
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— No início do ataque, do lado de fora da sinagoga da Congregação Hebraica de Heaton Park, o agressor ligou para a polícia, alegando jurar lealdade ao grupo Estado Islâmico — disse o porta-voz.
O agressor era um britânico de 35 anos de origem síria e foi morto a tiros pela polícia. Dois fiéis judeus, Melvin Cravitz e Adrian Daulby, foram mortos no ataque e também deixou três pessoas gravemente feridas.
A polícia reconheceu que Adrian Daulby e um dos feridos foram baleados por seus agentes enquanto tentavam impedir que o agressor entrasse no local de culto. Jihad al-Shamie jogou seu carro contra fiéis que estavam em frente à sinagoga antes de sair do veículo e atacá-los com uma faca.
Este ataque, que ocorreu num momento em que a sinagoga estava lotada, foi um dos piores contra a comunidade judaica na Europa desde os atentados do Hamas em Israel em 7 de outubro de 2023, que desencadearam a guerra em Gaza.
A polícia disse que al-Shamie estava em liberdade sob fiança por um suposto estupro no momento do ataque, mas não havia sido acusado. O homem não era conhecido do programa antirradicalização do governo, Prevent, nem da polícia antiterrorismo.
Enquanto a polícia trabalhava para determinar se o agressor agiu sozinho ou não, agentes prenderam três homens e três mulheres na área metropolitana de Manchester sob suspeita de “comissão, preparação e instigação de atos de terrorismo”.
No sábado, um tribunal concedeu à polícia mais cinco dias para manter quatro dos suspeitos presos, dois homens e duas mulheres. Uma mulher de 18 anos e um homem de 43 anos foram liberados sem nenhuma outra ação, disse a polícia.