Assassinato de ex-delegado Ruy Ferraz teve ao menos 63 tiros disparados

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Morte de ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, em Praia Grande — Foto: Reprodução


A polícia analisa cartuchos de armas de variados calibres que foram recolhidos no local da morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, em 15 de setembro, na Praia Grande, litoral de São Paulo. No boletim de ocorrência constam que ao menos 63 disparos foram feitos na cena do crime.

Segundo o documento, os peritos recolheram 31 cartuchos de fuzil de calibre 5,56, 17 cartuchos de fuzil de calibre 7,62 e ainda 15 cartuchos de pistola de calibre 9 mm. Com o ex-delegado foram encontrados ainda uma arma e dois carregadores de pistola 9 mm.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), laudos periciais relacionados ao caso ainda estão em elaboração. Na terça-feira (23) a Justiça decretou a prisão temporária de um oitavo mandado de prisão de um suspeito de participar do assassinato, cuja identidade no foi revelada. Quatro pessoas já foram presas por suspeita de envolvimento na execução do ex-delegado, no dia 15 de setembro. Agora, com esta decretação de prisão, quatro pessoas são procuradas pela polícia.

Um dos detidos é Willian Silva Marques, dono de uma casa na Praia Grande de onde, segundo as investigações, teria saído um fuzil que pode ter sido usado no crime. A segunda pessoa presa foi Dahesly Oliveira Pires, apontada como a responsável por ter buscado esse fuzil.

Luiz Henrique Santos Batista, o Fofão, foi preso no dia 19, e teria ajudado na fuga de um dos homens que atirou no delegado. No sábado (20), Rafael Marcell Dias Simões se entregou à polícia em São Vicente, e também estaria envolvido no crime.

Nos últimos dias, a Polícia passou a investigar um segundo endereço que supostamente teria sido usado pelo grupo responsável pela morte do ex-delegado-geral de São Paulo. A casa fica em Mongaguá, vizinha a Praia Grande, e no local foram coletadas impressões digitais que estão sendo analisadas.

Além do suspeito que teve a prisão decretada nesta terça e que não teve a identidade divulgada, há outras três pessoas consideradas suspeitas. Um deles é Felipe Avelino da Silva, conhecido como Mascherano, que teve seu DNA encontrado em um dos carros periciados pela Polícia Civil. O outro é Flávio Henrique Ferreira de Souza, que também foi relacionado ao crime porque seu DNA estava em um dos carros periciados pela Polícia Civil. Luis Antonio Rodrigues de Miranda, por sua vez, é apontado como autor das ordens para buscar o fuzil na casa na Praia Grande.

Ruy Ferraz Fontes foi morto por volta das 18h na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas, na Praia Grande, em 15 de setembro.

Fontes assumiu a função de delegado-geral da Polícia Civil entre 2019 e 2022. Delegado de polícia por mais de 40 anos, ele iniciou a carreira como titular da Delegacia de Polícia do Município de Taguaí. Depois, trabalhou no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) e no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), onde atuou em investigações contra o crime organizado e se tornou um desafeto de Marcola, líder do PCC.

Desde 2023, trabalhava na prefeitura de Praia Grande, no litoral sul de São Paulo, onde era secretário municipal de Administração.



Com informações da fonte
https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/09/24/assassinato-de-ex-delegado-ruy-ferraz-teve-ao-menos-63-tiros-disparados.ghtml

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