Quase nove anos após o assassinato de Dan Markel, professor de Direito da Florida State University, sua ex-sogra, Donna Adelson, de 75 anos, foi considerada culpada de encomendar o crime. O júri levou cerca de três horas para chegar ao veredicto, nesta semana, após 12 dias de julgamento. Donna foi presa em novembro de 2023 no Aeroporto Internacional de Miami, quando tentava embarcar para o Vietnã — país sem tratado de extradição com os Estados Unidos.
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Segundo os promotores, Donna planejou a morte de Markel para permitir que sua filha, Wendi Adelson, se mudasse com os dois filhos pequenos para o sul da Flórida, depois de uma disputa judicial acirrada pela custódia. Markel, de 41 anos, foi baleado em julho de 2014 na entrada de sua casa em Tallahassee e morreu horas depois no hospital.
Além de Donna, quatro outros envolvidos já foram condenados:
- Charles Adelson, filho de Donna, cumprindo prisão perpétua;
- Katherine Magbanua, ex-namorada de Charles, com prisão perpétua mais duas penas de 30 anos;
- Sigfredo Garcia, pai dos filhos de Magbanua, condenado à prisão perpétua;
- Luis Rivera, ex-líder da gangue Latin Kings, condenado a 19 anos de prisão.
Durante o julgamento, os promotores apresentaram evidências de que ela havia pesquisado, na Wikipédia, países sem acordos de extradição, reforçando a tese de que pretendia escapar da Justiça.
Como ela arquitetou o crime?
Segundo as investigações, Donna usou o filho Charles como intermediário para contratar Garcia e Rivera, que viajaram de Miami a Tallahassee para executar Markel. Magbanua, que tinha dois filhos com Garcia, também atuou como facilitadora do plano.
Ao ouvir a sentença, Donna soluçou e repetiu: “Oh, meu Deus”. O juiz Stephen Everett retirou o júri da sala e ofereceu minutos para que ela se recomponha. Ela enfrenta agora uma provável pena de prisão perpétua.
Ruth Markel, viúva do professor, disse em declaração ao tribunal: “Por 11 anos, fomos forçados a uma vida repleta de dor e sofrimento inimagináveis. Perdemos um tesouro”.
2025-09-06 04:01:00
