Alerj aprova projeto pioneiro de apoio a mães e pais atípicos: ‘Cuidando de Quem Cuida’

Tempo de leitura: 3 min


Em uma decisão histórica, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, em segunda discussão nesta quarta-feira (06), o Projeto de Lei Nº 2.228/23, que institui o programa “Cuidando de Quem Cuida”. A proposta, voltada ao acolhimento e orientação de mães e pais atípicos, promete transformar a rede de apoio às famílias que enfrentam os desafios de cuidar de crianças com deficiência ou condições neurodivergentes.

Atenção integral para quem enfrenta jornadas invisíveis

O programa prevê a criação de uma estrutura de suporte psicossocial e terapêutico para responsáveis por crianças com síndrome de Down, transtorno do espectro autista (TEA), doenças raras, TDAH e dislexia. A iniciativa busca garantir saúde integral, bem-estar emocional e valorização desses cuidadores, muitas vezes sobrecarregados e invisibilizados pelas políticas públicas tradicionais.

Mais que cuidado: cidadania e dignidade

Entre os principais eixos do projeto estão:

– Atendimento psicológico e terapêutico contínuo

– Ações de autocuidado e bem-estar como rotina

– Suporte complementar para os filhos durante atividades dos cuidadores

– Implantação de Centros Especializados de Proteção aos Pais Atípicos

– Possibilidade de cuidados domiciliares e auxílio financeiro para contratação de cuidadores profissionais

“A sociedade precisa reconhecer os desafios únicos enfrentados por cada mãe e pai atípico. Este projeto é um gesto de acolhimento, cidadania e respeito”, afirmam os autores da proposta, liderada pelo deputado Fred Pacheco (Mobilização Nacional), com coautoria de outros 15 parlamentares de diferentes partidos.

São eles: Tia Ju (Republicanos), Carlos Minc (PSB), Douglas Gomes (PL), Sarah Poncio (SDD), Verônica Lima (PT), Marina Do Mst (PT), Índia Armelau (PL), Jari Oliveira (PSB), Renato Machado (PT), Marcelo Dino (União), Dionísio Lins (PP), Marcos Muller (União), Danniel Librelon (Republicanos), Brazão (União) e Franciane Motta (Podemos).

Próximo passo: na mesa do governador

O texto segue agora para o governador Cláudio Castro (PL), que terá 15 dias para sancionar ou vetar a proposta. Caso sancionado, o programa poderá representar um marco na construção de políticas públicas inclusivas e humanizadas no estado do Rio de Janeiro.

Um avanço que ecoa o grito silencioso de milhares de famílias: cuidar de quem cuida é um ato de justiça.

Palácio Tiradentes ganha iluminação especial pelo Dia Mundial das Doenças Raras



Conteúdo Original

2025-08-09 20:00:00

Compartilhe este artigo
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *