A presidente do Louvre, Laurence des Cars, garantiu nesta quarta-feira (22) que o sistema de alarmes funcionou durante o roubo ao museu, no qual foram levadas oito joias, perante uma comissão no Senado.
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Ao ser questionada se os alarmes funcionaram no momento do roubo, De Cars respondeu: “absolutamente”. Também solicitou a instalação de uma “delegacia de polícia” dentro do museu.
O Louvre reabriu suas portas aos visitantes na manhã desta quarta-feira, pela primeira vez, desde o espetacular roubo realizado no domingo (19) por quatro criminosos, ainda foragidos, que levaram oito joias do museu. O prejuízo foi estimado em 88 milhões de euros.
A Galeria de Apolo, de onde as joias foram subtraídas, permanece fechada, informou o museu à AFP.
A polícia continua procurando o grupo de quatro criminosos que realizou o assalto na manhã de domingo nessa galeria, situada em uma das laterais do museu, o mais visitado do mundo.
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Ladrões usaram guindaste para invadir o museu e fugiram com as relíquias
Os ladrões estacionaram um guindaste sob uma das varandas. Dois deles subiram e, usando uma serra radial, entraram na sala por uma janela.
Com os rostos cobertos, roubaram nove joias, entre elas uma tiara de pérolas da imperatriz Eugênia e um conjunto de colar e brincos de safiras da rainha Maria Amélia. Durante a fuga, uma das peças — uma coroa — foi abandonada.
Na terça-feira, a direção do museu defendeu a qualidade das vitrines onde estavam as joias roubadas no domingo, em resposta a um artigo publicado pelo jornal satírico francês Le Canard Enchaîné, que afirmou que as estruturas eram “aparentemente mais frágeis do que as antigas”.
“O Museu do Louvre afirma que as vitrines instaladas em dezembro de 2019 representaram um avanço considerável em termos de segurança, já que o grau de obsolescência dos antigos equipamentos era evidente e, se não tivessem sido substituídas, as obras teriam que ser retiradas de exibição ao público”, declarou a direção da instituição à agência AFP.
O Le Canard Enchaîné afirmou que o roubo das peças históricas “foi possível graças às vitrines ultramodernas das joias da coroa, aparentemente mais frágeis que as antigas”.