Agente da Civil é preso em operação conjunta contra milicianos em Queimados | Rio de Janeiro

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Agentes do Gaeco do MPRJ e da Polícia Civil buscam acusados de integrar milícia - Divulgação




Agentes do Gaeco do MPRJ e da Polícia Civil buscam acusados de integrar milíciaDivulgação

Rio – A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio (MPRJ) realizam uma operação, nesta terça-feira (2), contra acusados de integrar uma milícia de Queimados, na Baixada Fluminense. Até o momento, três pessoas foram presas, incluindo um policial civil.

Agentes da 55ª DP (Queimados) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPRJ buscam cumprir cinco mandados de prisão e dois de busca e apreensão contra denunciados pelos crimes de constituição de milícia privada e extorsão qualificada.

Entre os alvos da Operação Mibius, presos nesta terça, estão um policial civil e um servidor da Prefeitura de Queimados. De acordo com o MPRJ, o agente é acusado de fornecer armas para a milícia e de tentar impedir a prisão de comparsas. Já o servidor teria atuado como motorista do grupo, transportando os criminosos no carro do Conselho Tutelar, além de repassar informações e intermediar encontros entre os líderes da milícia.

As investigações revelaram que a quadrilha explorava os bairros de Fanchem, Porteira e Paraíso, extorquindo comerciantes e mototaxistas. Ameaçando com armas, os criminosos exigiam o pagamento de uma “taxa de segurança” e recolhiam as chaves das motocicletas como forma de coação.

A denúncia destaca que, para dar aparência de legalidade às cobranças, os milicianos usavam a fachada de uma empresa denominada “Mibius Segurança Privada”, que distribuía cartões com telefones e chaves PIX para recolhimento das quantias extorsivas.

Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa e são cumpridos em endereços ligados aos investigados, em Queimados.

A operação conta com o apoio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), da 60ª DP (Campos Elíseos) e da da Corregedoria-Geral de Polícia Civil (CGPOL).

As investigações seguem em andamento para identificar e responsabilizar criminalmente todos os envolvidos com o grupo paramilitar.

Questionada, a Prefeitura de Queimados ainda não respondeu. O espaço está aberto para manifestação.



Conteúdo Original

2025-09-02 09:48:00

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