A semana se abre sob a força de Akòhombé, o Vòdún que emana fogo e vento, ligado às mudanças climáticas e guardião dos movimentos da vida. Em terras jeje-mahi, seu nome ecoa como “Aklóhòmbé”, aquele que domina o carvão vivo e que faz o ar estremecer com sua presença. Para os antigos povos fon e ewe, sua energia é um sopro quente que reorganiza o mundo externo e interno, trazendo renovação, ordem e vigor espiritual.
No culto jeje, Akòhombé é revelado através de seu Zokán, o carvão incandescente que nunca se apaga. É um símbolo vivo, agbé-zɔkan, o fogo que continua respirando mesmo no silêncio, e representa sua capacidade de aquecer, transformar, consumir o que é velho e acender o que precisa nascer. A quarta-feira é seu dia de expansão, considerado bom para vendas, negociações e abertura de caminhos materiais.
Seu alimento sagrado é o Azim, mistura forte e doce de amendoim com rapadura, que traz energia e atrai prosperidade. Suas cores são marrom, branco e coral, combinações que evocam convivência, harmonia e soluções rápidas, criando um campo de luz que fortalece o espírito e protege contra instabilidades.
Originário do antigo Dahomé, Akòhombé está inserido no panteão de Heviosò, o Vòdún do trovão e senhor do fogo que abre os céus com sua justiça. Akòhombé atua dentro dessa linhagem e é lembrado como aquele que equilibra o clima, afasta descargas perigosas e atrai prosperidade. Entre os jeje, existe a crença de que uma casa que possui um Sokpe, seu machado de lâmina única, é uma casa onde reina a felicidade, já que a presença desse emblema é sinal de bênção, fartura e união familiar.
No comportamento humano, Akòhombé incentiva a postura firme e o caminhar com coragem. Sua energia inspira decisões certeiras e destaca talentos adormecidos. No campo afetivo, o Vòdún desperta imaginação, sensualidade suave e momentos em que o romantismo encontra espaço para florescer com naturalidade.
No Jogo de Búzios Jeje, Akòhombé se conecta ao Ɗʊɲó (Odù) Tùɦúƙpeɲdzi, que fala de superações, conquistas e vitórias construídas apesar das tempestades. Quando se apresenta de forma positiva, traz resistência e firmeza. Quando surge de forma negativa, alerta para perseguições espirituais e ataques vindos de forças contrárias.
Quando esse Odù aparece de maneira tensa, pode haver a necessidade da oferenda do ƙòƙló, o galo, para restaurar o equilíbrio, fortalecer o consulente e afastar perigos que rondam os caminhos.
A influência de Akòhombé não é apenas espiritual, é prática, intensa e transformadora. Sob seu comando, os projetos avançam e a fé encontra novo vigor.
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Com informações da fonte
https://extra.globo.com/blogs/pai-paulo-de-oxala/post/2025/11/a-semana-e-de-akohombe-vodun-do-clima-que-transforma-destinos.ghtml
A semana é de Akòhombé, Vòdún do clima que transforma destinos
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