A ciência do prazer: por que tantos brasileiros ainda não estão satisfeitos com a vida sexual?

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Você pode até achar que o Brasil é o país do samba, da alegria e do calor humano… Mas quando o assunto é prazer, parece que muita gente anda dançando fora do ritmo e o pior: Não é de hoje!
Uma pesquisa recente da Gleeden (2025) mostrou que 75% dos brasileiros não estão totalmente satisfeitos com a própria vida sexual. Sim, três em cada quatro pessoas acham que o fogo podia estar queimando um pouquinho mais alto! Apenas 24% se consideram plenamente realizados e o resto está ali, entre o “mais ou menos” e o “deixa pra lá”, e para quem pensa que esse “resto” se refere a um grupo pequeno de indivíduos, ah! Senta lá! Estamos falando de um enorme número de pessoas mergulhadas até os tampos na temida vida mais ou menos!
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Mas calma, não é falta de desejo nem preguiça debaixo dos lençóis. A questão é bem mais profunda (e curiosa) do que parece.
Desejo, rotina e o tal descompasso
A pesquisa revelou que 72% dos entrevistados consideram o sexo essencial para o bem-estar, mas 64% transam menos de duas vezes por semana. Ou seja: o desejo tá ali, mas a prática… Tá de folga.
E sabe o mais curioso? 47% das pessoas disseram que se preocupam mais em dar prazer ao parceiro do que em sentir prazer. Só 21% colocam o próprio orgasmo como prioridade.
É como ir ao restaurante e sair feliz só porque o outro comeu bem, um altruísmo bonito, mas péssimo pro desejo e pior ainda, para a manutenção da tão desejada energia.
O ritmo de vida acelerado, o estresse e a insegurança em explorar o que realmente dá prazer são os vilões modernos. A correria é tanta que o prazer, coitado, fica em segundo plano, espremido entre o e-mail e o boleto.
O peso dos tabus (e o medo de inovar)
A sexóloga Marianna Kiss resume bem:
“As pessoas se limitam aos modelos tradicionais de relacionamento dentro e fora da cama. Deixam de explorar possibilidades que vão muito além da genitália e esquecem que a pele é o nosso maior órgão sexual.”
Pura verdade! Ainda há quem ache que fetiche é pecado, brinquedo erótico é coisa de filme e fantasia é sinônimo de devassidão e com certeza me mandaria para a fogueira por manter o Paraíso do Prazer.
Resultado? Um país com alto índice de desejo reprimido e orgasmos tímidos e essa insatisfação explode, nada fica represado por muito tempo, insegurança, insatisfação, depressão e muita, muita irritação, pode ser alguns dos resultados indesejados.
O prazer é democrático, mas muita gente insiste em deixá-lo preso nas convenções.
Sexo com propósito (e sem vergonha!)
Nesse cenário, cresce o número de pessoas buscando experiências mais conscientes e personalizadas.
Segundo Bernardo Castro, cofundador da plataforma Exclusive, há uma clara mudança cultural em curso:
“As pessoas querem vivências autênticas e significativas, mas ainda têm medo de se expressar livremente. O sexo está ligado ao bem-estar, mas falta coragem para viver o desejo de forma respeitosa e segura.”
E é justamente isso que diferencia prazer de impulso: não é sobre quantidade, é sobre qualidade.
Não é sobre o número de transas, mas sobre como você vive cada uma.
Autoconhecimento é afrodisíaco
Parece papo de coach do amor, mas é verdade: quem se conhece se deseja mais.
A autoestima é o maior lubrificante emocional que existe, sem ela, até a melhor técnica do mundo vira obrigação.
Ser livre sexualmente não é sair por aí colecionando corpos, é entender o seu próprio.
É descobrir o que te excita, o que te trava e o que te faz rir depois.
É trocar culpa por curiosidade, vergonha por intimidade e “sexo” por “conexão”.
A revolução silenciosa
No fim, o prazer é um espelho da nossa própria liberdade.
E a tão falada “revolução sexual” não está só nas posições ousadas ou nos aplicativos modernos, está na liberdade de sentir sem culpa.
Como diz Castro:
“A verdadeira revolução sexual não está em quebrar tabus apenas, mas em permitir que cada pessoa viva o prazer como parte essencial do autocuidado, da autoestima e da liberdade.”
E é isso: o sexo não é o fim, é o meio.
O meio de se reconectar com o corpo, com o outro e com o prazer de ser… você mesmo.
Então, se você ainda não está satisfeito, talvez não falte desejo, falte tempo, leveza e curiosidade.
E se for para descobrir novos prazeres, que seja com consciência, respeito e, claro… uma boa dose de diversão.
Vídeo Sugerido:



Com informações da fonte
https://extra.globo.com/blogs/sexo-e-afins/post/2025/10/a-ciencia-do-prazer-por-que-tantos-brasileiros-ainda-nao-estao-satisfeitos-com-a-vida-sexual.ghtml

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