Um júri considerou a americana Donna Adelson, de 75 anos, culpada de assassinato pelo crime que matou seu ex-genro, Dan Markel, professor de Direito da Florida State University, em 2014. Ela é a quinta pessoa a ser condenada no caso que chocou a Flórida e mobilizou promotores estaduais por mais de uma década.
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Segundo os promotores, Donna planejou a morte do professor para facilitar a mudança de sua filha, Wendi Adelson, com os dois filhos pequenos do casal, para o sul da Flórida, após uma disputa judicial acirrada pela custódia.
Markel, de 41 anos, foi baleado em 18 de julho de 2014 na entrada de sua residência em um bairro nobre de Tallahassee, e morreu 14 horas depois no hospital. O assassinato já foi tema de matérias jornalísticas, programas de TV e podcast.
Além de Donna, outros quatro envolvidos já haviam sido condenados:
- Charles Adelson, filho de Donna e periodontista de Fort Lauderdale, condenado em 2023, cumprindo prisão perpétua;
- Katherine Magbanua, ex-namorada de Charles, sentenciada à prisão perpétua mais duas penas adicionais de 30 anos;
- Sigfredo Garcia, pai dos filhos de Magbanua, condenado à prisão perpétua;
- Luis Rivera, ex-líder da gangue Latin Kings de North Miami, condenado a 19 anos de prisão.
Segundo os promotores, Donna Adelson organizou o esquema por meio do filho Charles, que contratou Garcia e Rivera para viajar de Miami a Tallahassee e executar Markel. A intermediária foi Magbanua, que tinha dois filhos com Garcia.
Ao ouvir a sentença, Donna Adelson soluçou e exclamou repetidamente: “Oh, meu Deus”. O juiz Stephen Everett retirou o júri da sala de audiências e advertiu a ré sobre novas explosões emocionais, oferecendo-lhe alguns minutos para se recompor. Ela enfrenta uma provável pena de prisão perpétua.
Em declaração de impacto, Ruth Markel, viúva do professor, disse ao juiz: “Por 11 anos, fomos forçados a uma vida repleta de dor e sofrimento inimagináveis Perdemos um tesouro”.
Donna Adelson foi presa em novembro de 2023 no Aeroporto Internacional de Miami, mais de nove anos após o assassinato.
Na época, ela e o marido tinham passagens só de ida para o Vietnã, país que não possui tratado de extradição com os Estados Unidos. Durante o julgamento, os promotores mostraram que ela havia pesquisado países sem tratado de extradição na Wikipédia.
Ela não testemunhou durante o julgamento. Após 12 dias de audiência, o júri levou cerca de três horas para considerá-la culpada.
2025-09-05 12:00:00