Polícia prende acusada de aplicar golpe do ‘Boa noite, Cinderela’ em turistas britânicos | Rio de Janeiro

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Mayara Ketelyn da Silva foi presa por agentes da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) - Reprodução




Mayara Ketelyn da Silva foi presa por agentes da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat)Reprodução

Rio – A Polícia Civil prendeu, na manhã desta sexta-feira (5), Mayara Ketelyn Américo da Silva, acusada de aplicar o golpe “Boa noite, Cinderela” em dois turistas britânicos, em agosto, em Ipanema, na Zona Sul. A mulher foi encontrada escondida em um motel, em Bonsucesso, na Zona Norte. Ela responde pelos crimes de roubo com violência imprópria, furto qualificado por fraude eletrônica e associação criminosa.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio (MRPJ), Mayara, Amanda Couto Deloca – presa em agosto – e Raiane Campos de Oliveira (ainda foragida) conheceram as vítimas em um evento na Fundição Progresso, na Lapa, na região central. O trio convidou os turistas a continuar a noite na orla de Ipanema, oferecendo caipirinhas com substância capaz de causar sonolência e desorientação.

Vídeos que circularam nas redes sociais na época mostram um dos turistas desacordado na areia da praia, na altura do Posto 9. Um homem passava pela Avenida Vieira Souto e gravou o momento em que a vítima, já desorientada, cambaleou pelo calçadão até cair com o rosto na areia. Posteriormente, a testemunha viu as mulheres entrando em um táxi e fugindo.

Mihailo Petrovic e Diego Bravo tiveram um prejuízo estimado de R$ 110 mil. Somente um deles teve R$ 14 mil roubados enquanto estava dopado.

Ainda de acordo com a denúncia do MPRJ, o trio acessou conta de Mihailo e tentou realizar uma transação não autorizada no valor de £16.000 (dezesseis mil libras). A operação não foi concluída devido à exigência de reconhecimento facial, mas as denunciadas conseguiram roubar £2.100 (duas mil e cem libras), sendo £300 utilizadas para compra de criptomoeda e £1.800 transferidas em quatro operações.

Na denúncia, o MPRJ solicita ainda que as acusadas indenizem cada vítima em R$ 30 mil por danos materiais e morais.

Foragida

Rayane Campos, a única foragida pelo crime, possui cerca de 20 anotações pelo mesmo golpe. Em 2024, ela foi presa e condenada a seis anos de prisão, mas sua defesa recorreu pedindo absolvição e liberdade, o que desembargadores da 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) aceitaram.

O processo sobre Rayane foi iniciado após um turista inglês relatar que estava na Pedra do Sal, na região central, com um amigo. Lá conheceram três mulheres. Eles foram junto com o trio para um apartamento em Copacabana, na Zona Sul. Depois de beber um copo de água, ele ficou desacordado. Após acordar, percebeu que o celular havia sido furtado, assim como outros bens. O caso ocorreu em outubro de 2023.



Conteúdo Original

2025-09-05 11:46:00

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