Com o objetivo de se tornar referência internacional em inteligência artificial (IA), o Rio tem firmado parcerias decisivas com empresas privadas e o setor público. Idealizado para transformar a cidade no maior hub de data centers da América Latina e um dos dez maiores do mundo, o projeto Rio AI City atraiu o interesse de gigantes mundiais de tecnologia e instituições federais estratégicas, que se unem à prefeitura na construção do centro de excelência em inteligência artificial de última geração.
Localizado na região do Centro Metropolitano, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, o complexo terá exclusivamente fontes de energia limpa, com capacidade inicial de 1,8 gigawatts (GW) até 2027 e potencial para alcançar 3,2 GW em 2032. A Oracle, destaque global em tecnologia, e a Elea Data Centers, líder no setor de infraestrutura para centrais de dados, estão entre as principais parceiras do Rio AI City. Os memorandos de entendimento com as empresas foram firmados em 14 de agosto pela prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) e a Invest.Rio.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, destacou a ousadia do projeto:
— Estamos construindo as condições para que o Rio seja a capital brasileira da inteligência artificial nos próximos cinco anos. Reunimos infraestrutura, capital humano, cabos submarinos que nos conectam a Europa, África e Estados Unidos, e energia limpa garantida pela Eletrobras. Isso faz do Rio o lugar ideal para essa revolução tecnológica. Firmamos parcerias com a Oracle e a Elea Data Centers, duas gigantes do setor, e seguimos em diálogo com outras grandes companhias. Queremos que todos que atuam na área de IA venham para o Rio.
— Com o Rio AI City, reforçamos o compromisso da Oracle em disponibilizar ao Brasil e à América Latina tecnologia de ponta em inteligência artificial e infraestrutura de data centers. Queremos apoiar empresas e instituições a inovarem mais rápido, com soluções seguras, es caláveis e sustentáveis — diz o presidente da Oracle Brasil, Alexandre Maioral.
Alessandro Lombardi, presidente e fundador da Elea Data Centers, destacou que “o Rio AI City é um projeto que nasce com infraestrutura robusta, energia limpa e alta conectividade, pronto para atrair talentos e negócios que moldarão a próxima era digital”:
— O Brasil e, especialmente, o Rio têm a oportunidade de estar no centro desse movimento global de transformação.
Cidade recebe selo NVIDIA AI City
O projeto Rio AI City está diretamente conectado a outra iniciativa fundamental para a transformação econômica e tecnológica do Rio: o Porto Maravalley. Localizado na Região Portuária, o polo tecnológico e educacional (com o Impa Tech) firmou parceria com a NVIDIA, líder global em soluções de inteligência artificial, para instalação de um supercomputador — adquirido pela prefeitura e instalado no Porto Maravalley — que será usado por universidades, centros de pesquisa, laboratórios e empresas privadas para desenvolver soluções baseadas em IA para a cidade. Os memorandos firmados pela prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação (SMCT), consolidam o projeto de construção de um modelo de IA com identidade carioca. O Rio de Janeiro torna-se, assim, a primeira cidade da América Latina a receber o selo NVIDIA AI City.
— É uma honra para a NVIDIA poder contribuir com o conhecimento que tem no mercado. Com essa visão e esse investimento, o Rio de Janeiro é a primeira AI City da América Latina reconhecida pela NVIDIA, seguindo o que fizemos na Califórnia, em Nova York e no Mississipi — diz o diretor da divisão Enterprise da NVIDIA para América Latina, Marcio Aguiar.
Estamos construindo as condições para que o Rio seja a capital brasileira da IA nos próximos cinco anos
— Eduardo Paes, prefeito do Rio
Outras duas iniciativas reforçam a relevância do Porto Maravalley como um dos mais importantes polos de inovação e inteligência artificial do país. O programa Rio.IA Hub Carioca, parceria da prefeitura e da SMCT com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a PUC-Rio, oferecerá estrutura, mentoria e serviços para que empresas e startups desenvolvam soluções para a Nova Indústria Brasil, programa do governo federal. O Porto Maravalley também acolherá o Centro Afiliado para a Quarta Revolução Industrial no Rio de Janeiro (C4IR Rio), em parceria com o Fórum Econômico Mundial. Voltado para pesquisa em IA, data centers e transição energética, o centro receberá investimento de US$ 3 milhões nos próximos três anos e reforçará o protagonismo do Rio no mapa global da inovação.
A rede Rio AI City Porto Maravalley se completa com o projeto Mata Maravilha, que transformará mais de 200 mil metros quadrados na Região Portuária em parques, áreas verdes e espaços para startups. Além das gigantes privadas Oracle e Elea, órgãos federais também são parceiros estratégicos do Rio AI City. BNDES, Eletrobras, Finep e os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Gestão e Inovação de Serviços Públicos têm atuado para garantir investimentos e proporcionar um ambiente regulatório favorável à atração de negócios.
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O BNDES criou um fundo específico para data centers e inteligência artificial, com aporte inicial de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão, podendo chegar a R$ 5 bilhões com participação de investidores privados. Já a Eletrobras fornecerá energia limpa e confiável para os data centers, o que é essencial para a sustentabilidade, pois são estruturas de alto consumo energético.
— O Rio tem tudo de que precisa para posicionar o Brasil com protagonismo internacional nesse setor. Temos infraestrutura pronta no Centro Metropolitano. Além disso, temos capital humano e visão de longo prazo para atrair investidores para o Rio AI City — afirma o vice-prefeito do Rio, Eduardo Cavaliere.