César Tralli assume a bancada do “Jornal Nacional” no lugar de William Bonner a partir de novembro, mas desde janeiro de 2018 o apresentador vem dando expediente no noticiário em momentos de folga ou período de férias do titular. Mas apesar de já ser uma figura conhecida do público, não apenas como apresentador eventual do “JN” ou âncora do “Jornal Hoje”, Tralli tem uma carreira marcada na apresentação, correspondente e reportagem em 32 anos de Globo.
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Antes mesmo de se tornar jornalista, César passou por dificuldades e teve que trabalhar cedo. Com 12 anos, ele já dava aula particular de Matemática, Português e Inglês para os vizinhos.
— Meus pais tinham uma origem muito simples. Minha mãe é de uma família de nove irmãos do interior de São Paulo, e todos nasceram num canavial. Ela cortou cana até adolescente, vendeu amendoim em porta de estádio, participou de colheita de algodão e milho… Quando meu pai ficava desempregado (ele era técnico administrativo), minha mãe segurava a onda e pedia dinheiro emprestado aos meus tios. Eu sabia que teria que correr atrás para puxar a família. Sempre gostei de estudar e comecei a trabalhar cedo — disse Tralli ao EXTRA.
Tralli ainda fez teatro e teve três bandas de rock em que tocava bateria, mas a paixão pela comunicação foi maior que pela arte. O apresentador escolheu seguir pelo jornalismo e começou a carreira como repórter do “A Gazeta Esportiva”, extinto jornal de esportes de São Paulo.
A estreia de César Tralli na TV
Após uma passagem pela Rádio Jovem Pan, ele debutou na televisão no programa “Aqui e agora”, do SBT, onde ficou pouco tempo, antes de uma rápida passagem pela Record, onde apresentou o programa “Florida Online” em 1992.
O início na Globo foi em 1993, como repórter do programa “São Paulo já”. Nessa época, ele alugou uma quitinete a três quarteirões do canal para ficar mais perto do trabalho e para não precisar pegar seis ônibus por dia para trabalhar.
Logo em seus dois primeiros anos na emissora, ele fez a cobertura de grandes acontecimentos que mexeram com o país, como a morte de Ayrton Senna (1960-1994). Em 1995 passou a ser correspondente da Globo em Londres, cidade que já havia morado quando ganhou uma bolsa de estudos de uma escola de idiomas quando era adolescente.
Durante cinco anos, Tralli viajou para diversos países para cobrir eventos históricos como o assassinato do primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin (1922-1995), e a morte da princesa Diana (1961-1997).
De volta ao Brasil
César Tralli apresenta o SPTV em 2014
Reprodução/Rede Globo
De volta ao Brasil, em 2000, Tralli focou no jornalismo investigativo, ao fazer a cobertura de escândalos do poder público. Mas também esteve presente como repórter de grandes tragédias, como os ataques às torres gêmeas em 11 de setembro de 2001, em Nova Iorque, e crimes que abalaram o país, como o caso Suzanne Von Richthofen, que matou os pais dela, em 2002, e o assassinato de Isabela Nardoni, morta aos 5 anos em 2008.
Embora apresentasse esporadicamente o “SP1”, o noticiário local de São Paulo, Tralli assumiu o posto de titular do jornal em 26 de setembro de 2011. Nesse momento, ele quebrou o protocolo de ficar somente atrás da bancada e passou a andar pelo estúdio e interagir com repórteres através dos telões.
Dez anos depois, ele assumiu o posto de âncora do “Jornal Hoje” ao substituir Maju Coutinho. Além disso, o jornalista também apresentou a Edição das 18h”, do A partir de 3 de novembro, César assume o “Jornal Nacional” no lugar do William Bonner, na bancada que já sentou esporadicamente, desde 2018, nas folgas e férias do colega.
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César Tralli, que substitui Bonner no 'JN', dava aula aos 12 anos, toca bateria e teve três bandas de rock; relembre trajetória do jornalista
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