Operação Café Real combate venda de produto adulterado no Estado do Rio

Tempo de leitura: 4 min




A Secretaria estadual de Defesa do Consumidor (Sedcon), em parceria com o Procon-RJ, a Polícia Militar do Rio, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e os Procons municipais realizaram a Operação Café Real, nesta quarta-feira (dia 27), para combater a venda de cafés fake no estado.
A ação foi montada a partir de denúncias feitas pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), que encontrou produtos adulterados à venda na capital e em outras cidades fluminenses. As equipes fiscalizaram 19 pontos de venda na capital e em Campos dos Goytacazes, São Fidélis, Itaperuna, Carmo e Cantagalo.
Segundo a secretaria, foram apreendidas cerca de três toneladas de café, que agora serão encaminhadas para análise da Abic.
“O objetivo é fiscalizar indústrias cafeeiras e redes de supermercados em todo o estado, coibindo a venda de produtos adulterados e garantindo a proteção dos consumidores”, justificou a Sedcon.
Entenda a fraude
Vendido preços abaixo do mercando — entre R$ 20 e R$ 25, o quilo —, o café fake é torrado e moído em locais não convencionais e colocado em embalagens que imitam a de grandes marcas. A Abic alerta que produtos falsificados não passam por nenhum controle de qualidade, o que pode colocar a saúde do consumidor em risco, além de prejudicar toda a cadeia produtiva do café.
O café fake é apresentado ao consumidor como um produto puro, mas análises comprovam que esse tipo de falsificação costuma conter impurezas e matérias estranhas (como areia e pedras). A legislação brasileira permite apenas 1% de impurezas no café, como cascas, folhas e galhos encontrados nas lavouras.
No entanto, não são permitidos grãos e sementes de outros gêneros, como milho, trigo e cevada, nem aromatizantes, corantes, açúcar, caramelo e borra de café solúvel ou de infusão.
Como identificar café fraudado
Verifique a certificação: observe se a embalagem do produto possui o Selo da Abic. Este garante que o café passou por rigorosos controles de qualidade e pureza;
Utilize o aplicativo ABICafé ou faça a leitura do QR Code: ao escanear o código de barras da embalagem, verifique se o café é certificado e em qual estilo/categoria se enquadra (tradicional, superior, extraforte, gourmet ou especial), verifique as características do alimento;
Atenção ao preço: produtos com valores muito abaixo da média praticada no mercado podem ser indicativos de fraude. Embora o preço do café tenha aumentado, é importante desconfiar de ofertas com preços excessivamente baixos e marcas desconhecidas;
Leia atentamente o rótulo: termos como “bebida à base de café” ou “pó sabor café” podem indicar que o produto não é composto exclusivamente por grãos de café. Esses itens não têm categoria específica e podem conter impurezas, portanto, são considerados cafés fakes.
A Abic tem um canal exclusivo para que o consumidor possa denunciar café com suspeita de fraude, falsificado ou com preço muito abaixo do valor de mercado. Basta enviar um e-mail para denuncias@abic.com.br, com as seguintes informações: marca, nome do fabricante, local de venda com endereço ou referência e foto frente e verso do produto (precisa ser nítida e com dados legíveis). Após o envio, a Abic encaminha os dados para as entidades competentes fiscalizarem o produto.



Conteúdo Original

Compartilhe este artigo
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *