Cerca de 16 mil alunos de escolas municipais do Rio ficaram sem aulas nesta terça-feira devido à operação das polícias Civil e Militar em comunidades da Zona Norte. Segundo a Secretaria municipal de Educação, 57 unidades de ensino ficaram fechadas — 25 somente nos complexos do Alemão e da Penha. Em nota, as corporações afirmaram que o motivo da ação foi conter o avanço do Comando Vermelho (CV), que tem tomado territórios na Zona Oeste da cidade.
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Número de unidades escolares fechadas por comunidade impactada pela operação — 15.889 alunos foram afetados:
Complexo do Alemão – Ramos / Inhaúma: 7 escolas afetadas
Complexo da Penha – Penha: 18 escolas afetadas
Morro do Trem / IPASE – Vila Kosmos: 6 escolas afetadas
Penha Circular: 5 escolas afetadas
Complexo da Serrinha – Madureira: 4 escolas afetadas
Morro do Juramento – Vicente de Carvalho/ Tomás Coelho: 4 escolas afetadas
Morro do Cajueiro – Madureira: 3 escolas afetadas
Quitungo / Guaporé – Brás de Pina: 3 escolas afetadas
Comunidade Congonhas – Vaz Lobo/Madureira: 3 escolas afetadas
Comunidade da Primavera – Cavalcanti: 2 escolas afetadas
Parque Silva Vale – Cavalcanti: 1 escola afetada
Morro do Campinho – Campinho: 1 escola afetada
Investigações
Participam da operação equipes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Capital (DRE-Cap), com apoio de outras unidades do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) e do Bope. As investigações apontam que comunidades da Zona Oeste se tornaram palco de intensos confrontos entre o CV e o Terceiro Comando Puro (TCP).
De um lado, traficantes como Wallace de Brito Trindade, o Lacoste, e William Yvens da Silva, o Coelhão — ligados ao TCP —, expandem influência a partir da comunidade da Serrinha. Do outro, o Comando Vermelho, chefiado por Edgar Alves de Andrade, o Doca, promove ofensivas do Morro do Juramento, usando grupos de ataque especializados.
Durante uma agenda no início desta tarde, o governador do Rio, Cláudio Castro, falou sobre a operação em curso em comunidades da Zona Norte da capital:
— Hoje tem essa integração entre as polícias. Óbvio que a gente não quer efeito colateral algum. A única coisa que eu fico feliz nisso é ver as polícias trabalhando juntas. Tanto o policial quanto o taxista poderem estar de volta o mais rápido possível, mas dizer que a gente não vai parar. O trabalho da segurança pública, o trabalho de libertar a população vai continuar.
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Operação policial em comunidades da Zona Norte do Rio deixam quase 16 mil alunos sem aulas
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