Modelo americano é esfaqueado ao defender mulheres na Alemanha

Tempo de leitura: 4 min




Um turista americano foi esfaqueado na Alemanha no último domingo (24/8) ao tentar defender duas mulheres que, segundo testemunhas, estavam sendo assediadas por um grupo de imigrantes. O caso ocorreu enquanto John Rudat, modelo de 21 anos, morador do interior do estado de Nova York (EUA), passava férias no país europeu.
Após o incidente, John compartilhou um vídeo nas redes sociais com o rosto ainda enfaixado, no qual critica as políticas de imigração da Europa. A reação ocorreu após a libertação de um dos suspeitos nesta segunda-feira (25/8), por falta de provas que o ligassem diretamente ao ataque.
udat disse que há um “problema de imigração” na União Europeia
Reprodução / Instagram
“Se vocês não achavam que a Europa tinha um problema de imigração, especialmente a Alemanha, deixe-me contar um pouco sobre para vocês”, disse John no vídeo.
Segundo ele, a libertação aconteceu apenas porque o suposto assediador é estrangeiro, e não cidadão da Alemanha ou da União Europeia. John também alegou que o suspeito seria um imigrante ilegal, conhecido pelas autoridades locais por envolvimento com tráfico de drogas e por outros episódios de violência.
“Ele nem sequer pertence a este lugar. Ele é um imigrante ilegal, traficante de drogas e muito conhecido aqui, principalmente pela polícia”, declarou, sem esclarecer de onde tinha tirado essas informações.
No mesmo vídeo, o jovem disse ainda que o homem em questão já havia sido preso anteriormente por tentativas de agressão semelhantes a mulheres jovens. Ele criticou a liberação rápida dos detidos.
“Se eles conseguiram fazer isso com as pessoas e depois serem soltos 12 horas depois, ou até menos, neste momento, onde está a lei? Onde está a estrutura? Se os alemães são submetidos a esta lei e a esta estrutura, mas essas pessoas podem simplesmente entrar, brandir facas e ferir, abusar, aterrorizar e oprimir cidadãos alemães, o que faremos?”, questionou.
John Rudat, 21, foi cortado no rosto com uma faca enquanto tentava impedir um ataque a um bonde alemão
Reprodução / Instagram
Entretanto, em entrevista posterior ao “New York Post”, o modelo suavizou o tom e disse que o caso se tratava, na verdade, de “um problema de violência”, e não de imigração.
“A Alemanha e os cidadãos alemães têm se mantido bastante silenciosos sobre eventos como esses. Eles tendem a ter uma conotação política natural que desvia a atenção do problema real. O problema para mim não era a cor da pele de ninguém, não era a raça de ninguém, não era nada de ninguém. Era o fato de uma mulher estar sendo assediada e agredida”, afirmou.
Ainda na entrevista, ele defendeu que a violência deve ser tratada como um problema apartidário.
“O problema da violência transcende um partido político. Todos, independentemente do partido político, deveriam analisar isso e ver o que realmente foi: um ato de violência perpetrado contra alguém que não podia se defender com a intervenção de alguém que estava em posição de fazê-lo”, completou.
Em comunicado oficial, a embaixada dos EUA na Alemanha pediu às autoridades locais que capturem os responsáveis, que ainda estão foragidos:
“Instamos as autoridades alemãs a levarem rapidamente os perpetradores à Justiça e puni-los com toda a extensão permitida por lei. A segurança é uma responsabilidade coletiva — ninguém está seguro até que todos estejam seguros.”
* estagiário sob supervisão de Fernando Moreira



Conteúdo Original

Compartilhe este artigo
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *