Juiz assassinado à queima-roupa por xerife mantinha tribunal como 'um bordel', diz vítima de extorsão

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Um juiz que foi morto a tiros no seu próprio gabinete, em área rural no Kentucky (EUA), no ano passado, comandava uma rede de sexo na qual mulheres jovens eram persuadidas a prestar favores sexuais apenas para se livrar de problemas com a lei, alega uma das supostas vítimas, que classificou o tribunal como um “bordel”.
Tya Adams alega que estava entre as envolvidas no “esquema de sexo por favores” do juiz Kevin Mullins, no qual ele e outros na pequena cidade de Whitesburg exigiam sexo para livrar os infratoras das responsabilidades legais das suas violações.
A mulher contou nesta semana ao programa “Banfield”, da NewsNation, que Mullins — que foi baleado em seu gabinete no Condado de Letcher, supostamente por seu amigo xerife de longa data Shawn Stines, em setembro passado — a havia alertado para manter silêncio sobre “a rede sexual”.
“Fazíamos festas de sexo, fazíamos shows e fazíamos sexo com eles, coisas assim. Era consensual. Mas era o fato de sermos tão jovens, e então eles usaram isso contra nós e para destruir nossas vidas mais tarde. Eles faziam questão de fazer você se sentir o mais pequena, degradada e menosprezada possível para tirar seu poder”, acrescentou ela.
Tya emendou:
“Quem acreditaria nisso, afinal? Porque a cidade inteira estava fazendo isso. Ninguém se importa. Eles são todos swingers. É tudo uma grande festa para eles. Era tão normal.”
Shawn Stines (à direita) e Kevin Mullins
Kentucky Court of Justice; Facebook(Letcher County Sheriff’s Office)
As alegações ganharam corpo depois que Sarah Davis, ex-vice-chefe da penitenciária do Condado de Letcher — disse à NewsNation que ouvira sobre as histórias “desagradáveis e repugnantes” que saíam das festas.
“Praticamente todo mundo no condado sabe. Mas isso me foi confirmado depois de trabalhar na cadeia do condado, especialmente depois de eu mesmo ter sido convidado para uma festa”, completou ela.
Outra vítima depôs contra o “esquema”. Sabrina Adkins alega que, durante uma investigação criminal de 2022, ter sido coagida pelo então xerife adjunto Ben Fields a realizar favores sexuais em troca de permanecer em prisão domiciliar, como parte de um “esquema” comandado por Mullins.
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“Eu vi o juiz Mullins fazendo sexo com uma garota no gabinete dele”, disse Sabrina à polícia em depoimento.
Stines, que era amigo de Mullins, não revelou o motivo do assassinato, mas se desconfia que tenha ligação com a “extorsão sexual”. Pouco antes do crime, os dois foram vistos tendo uma acalorada discussão na sala do juiz.



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