Operação mira milícia que exige pagamentos em dinheiro ou por transferência bancária na Baixada Fluminense

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Uma operação realizada nesta quarta-feira mirou integrantes de uma milícia que age nos municípios de Nova Iguaçu e Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Foram cumpridos 11 mandados de prisão — cinco dos suspeitos já estavam presos. De acordo com as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio (MPRJ), o grupo praticava extorsões contra comerciantes, motoristas de vans, mototaxistas e empresas de internet e TV a cabo. Os pagamentos eram exigidos em dinheiro ou por transferência bancária, sempre sob ameaças de agressões, incêndio de bens e até execução.
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A ação, chamada de Reinado Dividido, tem o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e demonstrou que, mesmo preso, Jefferson Constant Jasmim, conhecido como Deco ou 01, chefiava a organização criminosa. Ele autorizava as extorsões, controlava os recursos do grupo criminoso, organizava a compra de armas e planejava os atos violentos.
As investigações também identificaram a participação de Bruno Feliphe de Sousa Queiroz nos crimes, atuando, de acordo com os promotores, como gerente operacional. Já Michael Fernando Griebeler Borges, o Big Mac, era, segundo o MPRJ, responsável por cobranças e repasses financeiros. Renato dos Santos Marques, o Renatinho, era o encarregado de extorsões e intimidações armadas, afirma o Ministério Público.
O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) também constatou que o grupo disputava território com outras milícias, como as chefiadas por João Teixeira dos Passos, o Jota da Grama, e Gilson Ingrácio de Souza Júnior, o Juninho Varão. De acordo com o MPRJ, essa rivalidade impôs um clima de terror à região, levando vítimas a relatar que viviam sob um “reinado dividido”. A atuação da organização se estende, pelo menos, desde 2023 até o presente, com forte presença nos bairros de Miguel Couto e Parque Ambaí, em Nova Iguaçu, e Itaipu e Shangri-lá, em Belford Roxo.
Os mandados cumpridos na operação foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa.



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