Roubos de celular dobraram no primeiro semestre em Deodoro; Campo Grande e Realengo lideram ranking do crime na Zona Oeste

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Mapa do Crime: a Zona Sudoeste do Rio — Foto: Editoria de Arte


Os roubos de celular na Zona Oeste do Rio cresceram no primeiro semestre de 2025, alcançando 960 registros, contra 836 no mesmo período de 2024. Os dados mostram que o avanço do crime atinge bairros populosos e com grandes centros comerciais com destaque para Campo Grande e Realengo, que concentram o maior volume de ocorrências, segundo levantamento feito pelo Mapa do Crime — ferramenta interativa que tem sua segunda edição lançada nesta semana pelo GLOBO.

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No ranking regional, Campo Grande, que tem mais de 352 mil habitantes, aparece como o bairro com mais casos de roubo de celular entre janeiro e junho de 2025, somando 192 ocorrências, alta de 40,1% em relação ao ano passado. Na sequência está Realengo, com 181 registros (alta de 2,8%), e Bangu, que teve 180 casos, crescimento de 17,6% no comparativo anual. Juntos, os três bairros concentram uma fatia expressiva dos registros da região.

Além dos grandes volumes absolutos, o levantamento também evidencia crescimentos percentuais expressivos em bairros que partiam de bases menores. Em Deodoro, por exemplo, os roubos de celulares mais que dobraram, saltando de 25 para 64 casos. Já em Pedra de Guaratiba, os registros dobraram, passando de oito para 16 ocorrências.

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Veja o ranking de roubo de celular na Zona Oeste (1º semestre de 2025):

  • Campo Grande: 192 casos de janeiro a junho de 2025; 137 de janeiro a junho de 2024 — alta de 40,1%
  • Realengo: 181 casos de janeiro a junho de 2025; 176 de janeiro a junho de 2024 — alta de 2,8%
  • Bangu: 180 casos de janeiro a junho de 2025; 153 de janeiro a junho de 2024 — alta de 17,6%
  • Santa Cruz: 77 casos de janeiro a junho de 2025; 56 de janeiro a junho de 2024 — alta de 37,5%
  • Deodoro: 64 casos de janeiro a junho de 2025; 25 de janeiro a junho de 2024 — alta de 156%
  • Guaratiba: 64 casos de janeiro a junho de 2025; de janeiro a junho de 2024 — alta de 6,7%
  • Paciência: 28 casos de janeiro a junho de 2025; de janeiro a junho de 2024 — alta de 55,6%
  • Magalhães Bastos: 28 casos de janeiro a junho de 2025; de janeiro a junho de 2024 — queda de 22,2%
  • Padre Miguel: 30 casos de janeiro a junho de 2025; de janeiro a junho de 2024 — queda de 3,2%
  • Jardim Sulacap: 22 casos de janeiro a junho de 2025; de janeiro a junho de 2024 — queda de 31,3%

Qual é a diferença entre roubo a pedestre e roubo de celular?

Os crimes de roubo a pedestre e roubo de celular, que até podem acontecer ao mesmo tempo, são registrados de forma separada pelas autoridades — e há um motivo para isso. O roubo a pedestre — também chamado de roubo a transeunte — se refere à subtração de qualquer bem pessoal feita com ameaça ou violência enquanto a vítima caminha pela rua, podendo incluir bolsas, carteiras, joias, entre outros itens.

Já o roubo de celular, como o nome indica, diz respeito exclusivamente aos casos em que o aparelho é o alvo do assalto. O telefone pode alimentar a engrenagem do crime de diversas formas: pode ser desbloqueado e usado para transferências bancárias, revendido de forma clandestina ou até desmontado para a venda de peças.

O que é o Mapa do Crime?

Quais são os bairros mais perigosos do Rio e de Niterói? Onde os roubos avançaram? Qual é o horário menos seguro para caminhar pela vizinhança? Para ajudar a responder essas perguntas e entender a dinâmica da violência nessas cidades, o GLOBO desenvolveu o Mapa do Crime, uma ferramenta interativa de monitoramento de roubos com dados inéditos de delitos por bairros.

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Depois do lançamento da primeira edição no meio deste ano, com dados de 2024 referentes à cidade do Rio, agora publicamos a segunda edição da plataforma, a partir de dados referentes ao primeiro semestre de 2025, com informações sobre quatro crimes diferentes — roubos de celular, a transeunte, de veículo e em coletivo — em 147 bairros diferentes da capital fluminense, além de 51 bairros de Niterói.

A ferramenta foi produzida a partir de microdados obtidos via Lei de Acesso à Informação junto ao Instituto de Segurança Pública (ISP). O órgão, responsável por compilar as estatísticas da segurança no estado, divulga mensalmente indicadores divididos por áreas de batalhões e delegacias — que abrangem, na maioria dos casos, vários bairros. Buscando entender dinâmicas criminais hiperlocais, o GLOBO solicitou dados mais precisos de localização dos crimes e recebeu informações sobre os bairros onde cada ocorrência foi registrada, menor unidade territorial disponibilizada pelo ISP. É a primeira vez que indicadores criminais no Rio são divulgados com esse nível de detalhamento.

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Com informações da fonte
https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2025/12/18/roubos-de-celular-dobraram-no-primeiro-semestre-em-deodoro-campo-grande-e-realengo-lideram-ranking-do-crime-na-zona-oeste.ghtml

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