Forró cai nas graças dos cariocas e ganha espaço na agenda cultural da cidade

Tempo de leitura: 5 min


Você pode não saber dançar, mas já deve ter ouvido falar que os passos básicos do forró são: dois pra lá e dois pra cá. Outra informação relevante sobre o gênero é a de que o dia de celebrá-lo em todo território nacional é neste sábado, 13 de dezembro. A data comemora o dia do nascimento de Luiz Gonzaga, um dos maiores nomes do baião e do ritmo no Brasil e conhecido em várias partes do mundo.

Assim como o rei do baião, nascido em Exú, Pernambuco, o forró é um ritmo tipicamente nordestino e resultado de um uma fusão entre baião, xaxado, coco, arrastapé e xote. A soma deu certo, se espalhou nacionalmente e hoje o gênero é uma das estrelas dos dias, noites e festas no Rio, atraindo um público diverso. É o que garante a cantora Roberta Keller, 24 anos.

“Sempre gostei do ritmo, mas engraçado é que eu comecei a dançar antes de cantar forró, mas me apaixonei pelos pelas duas artes. O publico é bem diverso, de diferentes idades. Tem bastante carioca, mas também tem uma galera de outros lugares do Brasil, que chegam procurando por um forrózinho delícia de passagem no rio”, conta.

A cantora domina os compassos do ritmo com maestria. Integrante do Bem Forrado, um sexteto do gênero que vem ganhando os palcos do Rio, Roberta se apresenta com os amigos todo segundo domingo do mês no Garagem Bar, na Rua Benjamin Constant, nº 116, no bairro da Glória. Recentemente, o grupo se apresentou para milhares de pessoas no festival Rock The Mountain, realizado em Petrópolis.

A paixão pelo forró atravessa gerações

Assim como os artistas, os frequentadores assíduos dos eventos que têm o ritmo nordestino como trilha sonora notam a ascensão do gênero no Rio. A analista ambiental Sylvia Burke, 35, iniciou seu casamento com o ritmo perto da década de 2010, quando a cantora ainda era uma criança.

“Eu já curto há muito tempo, muitos anos. A primeira vez que eu fui num forró de verdade, foi um show do Forró Sacana, que é uma banda bem conhecida. Lá no Circo Voador, eu lembro que eu vi todo mundo dançando, animado, viciado ali. A galera que vai pro forró geralmente gosta muito de dançar. Foi todo mundo dançando e trocando de par e tal, todo mundo bem conectado ali na dança. E eu fiquei apaixonada”, conta.

Um pouco mais afastada dos shows e eventos atualmente por questões profissionais, Sylvia garante que o Rio tem forró em todos os dias da semana.

O perfil @forronorio é um dos muitos que, todos os dias, indicam onde vai ter arrasta pé. Com o nome de “Agenda de Forrós no Rio de Janeiro”, foi criado pelo músico e produtor cultural Paulo Afonso em janeiro de 2018. Atualmente são mais de 65 mil seguidores que colaboram com dicas e conteúdos para o público que ama o gênero no território fluminense.

“Eu queria mostrar onde tinha forró, né? Eu passava pelos forrós, fazia um videozinho, postava e eu tinha dificuldade de achar os forrós, né? Aí eu comecei a fazer uma agenda em 2021. Após a pandemia comecei a colocar uma agenda todos os forrós que eu ficava sabendo, então foi uma necessidade que eu tinha de saber onde tinha forró e eu queria que as outras pessoas também soubessem onde tinha”, explica Paulo.

Entre os principais nomes do movimento atual estão os grupos Movimento Cultural de Xaxado Urbano, que é o Xaxadinho e acontece lá no Severyna, na Rua Ipiranga, em Laranjeiras; o Forró da Taylor, que faz um grande show de forró psicodélico em várias partes do Rio; o o Forró de Pife e o Mariroots, que acontecem no Glorioso Cultural, no Catete.





Com informações da fonte
https://temporealrj.com/forro-cai-nas-gracas-dos-cariocas-e-ganha-espaco-na-agenda-cultural-da-cidade/

Compartilhe este artigo
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *