Master: governo de SP contesta problema com 'comida azeda' e 'ratos' em presídio de Daniel Vorcaro

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A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) afirmou que são “improcedentes” os problemas de higiene e relatos de alimentos estragados apontados por inspeção no presídio, onde Daniel Vorcaro, do Banco Master, está preso. Uma análise da Defensoria Pública, em junho, identificou as irregularidades no Centro de Detenção Provisória (CDP) II de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. É para lá que o banqueiro foi transferido na última segunda-feira.
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Integrantes do Núcleo Especializado de Situação Carcerária estiveram na unidade prisional em junho. Durante a visita, detentos relataram que no local são servidos alimentos azedos, “especialmente o feijão e o leite. Raramente são servidos salada e suco e, a quantidade, no geral, não é suficiente”, diz o relatório. Os custodiados narraram também problemas com os produtos de higiene, e uma falta de sabonetes, além de infestações de ratos e percevejos.
Nesta quarta, a SAP respondeu que a Polícia Penal do Estado de São Paulo apurou as denúncias. Segundo a pasta, os serviços de manutenção, saúde, alimentação e fornecimento de itens básicos “seguem o planejamento previsto e são monitorados regularmente pelas equipes responsáveis”.
A SAP informou também que a última “desinsetização e desratização” no presídio foi realizada na semana passada, em 19 de novembro, “conforme cronograma de manutenção preventiva do estabelecimento prisional”.
A defesa de Vorcaro tenta um habeas corpus para o banqueiro, preso em operação feita no âmbito da Operação Compliance Zero, da Polícia Federal, que investiga indícios de operações financeiras fraudulentas entre o Master e o Banco de Brasília (BRB).
A unidade em questão tem capacidade para 841 presos, segundo dados da SAP. A ala para detentos comuns tem capacidade para 553 presos, sendo que 459 estão custodiados no local, segundo dados de terça-feira (25). Outra ala, destinada para os devedores de pensão alimentícia, está superlotada, com 329 presos e capacidade para 288 detentos.
O local conta com oito pavilhões. Cada pavilhão tem oito celas, com capacidade para 12 presos. Eles se dividem da seguinte forma, segundo o relatório:
Pavilhão 1: destinado a ex-integrantes de forças de segurança
Pavilhão 2: destinado a presos midiáticos e formados em Direito
Pavilhão 3: destinado a familiares de integrantes de forças de segurança
Pavilhão 4: destinado a autores de feminicídio que tenham se destacado na mídia
Pavilhões 5 a 7: destinado a presos civis
Pavilhão 8: tratado como espécie de “seguro comum”, para presos que não estão vinculados ao PCC, a chamada “oposição”
A unidade conta ainda com outros espaços, como a área de inclusão, destinada a presos recém chegados, com três celas, com capacidade para 27 pessoas cada, a área disciplinar, de trabalho e para presos em trânsito.
O cardápio da unidade segue um padrão em que o café da manhã, servido às 6h, conta com leite, café, margarina e pão. No almoço, às 11h, e jantar, às 16h, são servidos arroz, feijão, uma porção de legume ou vegetal, uma proteína, e uma fruta. Um lanche noturno também é ofertado, sendo bolacha ou pão.
Os presos da unidade devem seguir o padrão de corte de cabelo e barba exigido pelo regimento interno da Secretaria de Administração Penitenciária, o que inclui a raspagem no pente número dois nas laterais da cabeça e número quatro na parte superior. Barba e bigode devem ser raspados.



Com informações da fonte
https://extra.globo.com/economia/noticia/2025/11/master-governo-de-sp-contesta-problema-com-comida-azeda-e-ratos-em-presidio-de-daniel-vorcaro.ghtml

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