Felipe Marques Monteiro está internado desde março e vem recuperando lentamente os movimentosReprodução/Redes Sociais
Rio – Após oito meses, o piloto de helicóptero da Polícia Civil, Felipe Marques Monteiro, 44, recebeu alta do Centro de Terapia Intensiva (CTI), nesta segunda-feira (24). O comandante da aeronave do Serviço Aeropolicial da Coordenadoria de Recursos Especiais (SAER-CORE) foi atingido por um tiro de fuzil em uma operação na Zona Oeste, em março. Desde então, o agente segue internado no Hospital São Lucas, em Copacabana, Zona Sul, e vem recuperando lentamente os movimentos.
A mulher do policial tem compartilhado a evolução do quadro do marido em um perfil nas redes sociais. Em uma publicação nesta segunda-feira, o comandante aparece deixando o CTI em uma cama hospitalar, enquanto é aplaudido pelos profissionais do hospital, que também seguram balões e cartazes. Confira abaixo. “Recebemos a tão sonhada alta do CTI e seguimos para o quarto do hospital”, escreveu Keidna Marques.
No dia 1º, a mulher já havia publicado um vídeo em que Felipe consegue levantar os braços e retirar um travesseiro apoiado na cabeça. Ela descreveu a evolução do quadro como “um sinal de que Deus está conduzindo tudo, abrindo portas e iniciando uma nova etapa de cura” e agradeceu a equipe médica. “Deixamos para trás dias que foram intensos, duros, cheios de medo e incerteza, mas também cheios de fé, cuidado e força. Cada profissional que cruzou o nosso caminho deu um pouco de si para que chegássemos até aqui”.
A companheira do comandante ainda destacou o apoio e orações que vem recebendo de familiares, amigos e das pessoas que acompanham o quadro do agente pelas redes sociais. O perfil administrado por Keidna já acumula 1,4 milhão de seguidores e milhares de comentários desejando a recuperação do piloto. “Sou grata aos amigos, familiares e a todos aqui desta rede virtual que oraram e continuam orando conosco”, escreveu. “Hoje é dia de respirar fundo e dizer… ESTAMOS VENCENDO!”, termina o texto.
Relembre o caso
Felipe atuava como comandante e copiloto do helicóptero da Polícia Civil quando foi baleado por um tiro de fuzil, durante uma operação nas comunidades Vila Aliança e Vila Kennedy, em Bangu, no dia 20 de março. Mesmo ferido, o agente conseguiu manter o controle e fazer um pouso de emergência com o colega que também estava na aeronave.
O policial civil foi socorrido em estado gravíssimo para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Zona Sul, e depois transferido ao Hospital São Lucas. O disparo entrou pela testa e fez com que o comandante perdesse 40% do crânio e passasse a usar uma prótese craniana. O agente também ficou com o lado esquerdo do corpo comprometido e perdeu parte da coordenação muscular da fala.

